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04.08.2015

Médicos costuram bebê no útero da mãe para evitar que ele "caia"


Notícia original publicada em 04 de agosto de 2015.

[caption id="attachment_16023" align="alignleft" width="300"]Jesse aguentou dentro da barriga após o procedimento para evitar que ele “caísse” lá de dentro. (Foto: Reprodução/mirror.co.uk) Jesse aguentou dentro da barriga após o procedimento para evitar que ele “caísse” lá de dentro. (Foto: Reprodução/mirror.co.uk)[/caption]

Este pequeno bebê desafiou todas as estatísticas médicas, que acreditavam que, assim como havia acontecido no passado com sua irmã, ele também não sobreviveria à gestação. Mas Jesse, um garoto forte e que vem sendo chamado de “bebê milagroso”, aguentou dentro da barriga de sua mãe após receber uma ajudinha dos médicos, ele foi costurado ao útero, para evitar que ele “caísse” lá de dentro.

Nicola Richards, de 27 anos, ficou em choque quando ouviu do seu obstetra que seu colo do útero não era forte o suficiente para aguentar seu bebê, o que significava que muito provavelmente ela teria um parto prematuro, e que seu filho corria o risco de não sobreviver. O médico, então, ofereceu uma solução: com um único ponto, costurar Jesse ao órgão da mãe.

Com 33 semanas de gestação o menino nasceu, pesando 2,177 kg. Ele passou duas semanas na UTI neonatal do Russells Hall Hospital, até finalmente ser autorizado a voltar para casa com os pais.

Nicola lembra o quanto foi duro ouvir dos médicos que talvez não conseguisse completar a gestação de seu bebê. "Partiu meu coração. O que eu mais queria na vida era ser mãe. Sem a costura Jesse jamais teria conseguido. Fiquei com medo, porque era uma alternativa que envolvia riscos, como, por exemplo, o de sofrer um aborto. Mas, assim que eu soube que tinha dado tudo certo e que Jesse havia sobrevivido, senti como se tivesse havido um milagre."

Nicola havia sofrido um aborto em outubro de 2013, seis semanas antes de engravidar novamente, dessa vez de Jesse. Na primeira gestação, o bebê era uma menina, que nasceu com 22 semanas e seis dias, mas que acabou morrendo nos braços da mãe. "Fiquei inconsolável quando Hope se foi. Eu tive alguns sangramentos, mas os exames mostravam que ela estava bem. Até tentaram o recurso da costura também, mas eu já estava com oito centímetros de dilatação, então não conseguimos ter sucesso. Hope foi nossa pequena lutadora. Era perfeita. Depois que ela morreu, passei muitas horas brava com meu próprio corpo, já que ela era saudável, mas meu organismo a deixou na mão. Eu culpava a mim mesma."

Na gravidez de Jesse, a costura foi feita quando ela estava com apenas 14 semanas. Ainda assim, Nicola e seu marido, John, tentaram não criar muitas expectativas positivas, com medo de que, mais uma vez, a estratégia não desse certo, e eles perdessem outro bebê. "Conforme o tempo ia passando, eu me tornava mais e mais otimista, e finalmente comecei a comprar coisas para ele depois da 28ª semana."

Segundo Nicola, em entrevista dada ao jornal Mirror, o parto foi bastante traumático, e ela precisou sofrer uma cesárea de emergência, já que os médicos não conseguiam escutar os batimentos cardíacos do bebê. "O dia em que o trouxemos para casa foi incrível. Queremos que Jesse saiba sobre a linda irmã que ele um dia teve, e que a morte dela não foi em vão. Ela ajudou o irmão menor a sobreviver, mesmo contra todas as estatísticas da medicina."

[caption id="attachment_16026" align="aligncenter" width="500"]Com 33 semanas de gestação o menino nasceu, pesando 2,177 kg. Ele passou duas semanas na UTI neonatal do Russells Hall Hospital, até finalmente ser autorizado a voltar para casa com os pais. (Foto: Reprodução/mirror.co.uk) Com 33 semanas de gestação o menino nasceu, pesando 2,177 kg. Ele passou duas semanas na UTI neonatal do Russells Hall Hospital, até finalmente ser autorizado a voltar para casa com os pais. (Foto: Reprodução/mirror.co.uk)[/caption]

Fonte: R7 e Folha Vitória

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