Aprovado em Fevereiro nos Estados Unidos, o Makena (caproato de hidroxiprogesterona), também chamado de 17P, é um medicamento injetável indicado para reduzir o risco de nascimentos prematuros em grávidas com história de pelo menos um parto prematuro prévio. Este é o primeiro medicamento aprovado pelo FDA (Food and Drug Administration) indicado especificamente para esta finalidade.
O medicamento não está liberado para uso em gestantes com gravidez múltipla ou com outros fatores de risco para partos prematuros. Ele deve ser usado semanalmente, a partir de 16 semanas de gestação e não passar da vigésima primeira semana. Os principais efeitos colaterais são dor e edema no local da injeção, náuseas, diarreia e rash cutâneo.
A empresa KV, que conseguiu o monopólio de comercialização do medicamento, propôs um preço inicial do tratamento em 30 mil dólares (20.800 euros), que o governo conseguiu reduzir para 9700 euros – um valor considerado, ainda assim, muito elevado para a esmagadora maioria da população, escreve o jornal espanhol El País.
Após muita polêmica e protestos em função do preço exorbitante, a FDA retirou a exclusividade de produção do medicamento pela KV no dia 1o de Abril. Dois dias depois, a empresa reduziu o valor proposto para 690 dólares por dose, o qual ainda é excessivo, levando-se em consideração que o tratamento consiste em doses semanais. Segue a polêmica...
14.04.2011
Medicamento para evitar parto prematuro tem preço proibitivo
Fontes: Público.pt (13/04/11); LATimes.com (01/04/11)