Wyatt Brenner chegou ao mundo antes da hora, na 25ª semana de gestação. Mãe relembra os desafios e celebra o fato de o pequeno ser uma criança saudável, de 2 anos e meio agora.
Os bebês têm cerca de 40 semanas para crescer e se desenvolver dentro da barriga. Wyatt Brenner teve pouco mais da metade desse tempo. Prematuro extremo, ele chegou bem antes da hora, na 25ª semana de gravidez. Sobreviver fora do útero foi um desafio para Wyatt e para os seus pais, mas tudo valeu a pena. Agora, ele é um garoto esperto, de 2 anos e meio, que frequenta a escola e se desenvolve bem. Sua mãe, Jessica Brenner, quis compartilhar um pouco da história, para levar esperança a outras famílias de prematuros.
Em relato ao site Love What Matters, Jessica contou que Wyatt nasceu com cerca de 800 g. O parto teve complicações e o bebê sofreu uma hemorragia interna, um abcesso no estômago e um intestino perfurado. Então, ele precisou de cirurgias imediatamente. Por isso, foi transferido para um hospital especializado a mais de 1 hora de distância.
A família, que é de McAlester, precisou ir para Tulsa, ambas cidades no estado americano de Oklahoma. Jessica ficou direto no hospital e o pai do bebê ia e voltava todos os dias, para trabalhar e cuidar da casa e dos cachorros. Ao todo, foram 113 dias de internação do pequeno Wyatt na UTI.
Jessica disse que o difícil período só não foi mais aterrorizante porque eles contaram com muita ajuda. “Desde os seguranças na recepção até a equipe de zeladoria, refeitório, terapeutas respiratórios, equipe especializada de cirurgiões, enfermeiras e neonatologistas. Foi solitário, às vezes, mas também era como se estivéssemos vivendo em um mundo totalmente diferente, com enfermeiras primárias e equipes médicas que se tornaram família”, declarou.
A família recebeu outros tipos de suporte também. “Tivemos amigos para cuidar de nossos cães e de nossa casa. Recebemos doações financeiras para as contas e a comida enquanto estávamos no hospital. Tínhamos guerreiros de oração orando diariamente por Wyatt”, afirmou ela, com gratidão.
Agora uma criança de 2 anos e meio, Wyatt teve algumas dificuldades por conta da prematuridade e dos problemas que enfrentou, mas está se tornando um menino forte e independente. “Wyatt está andando e falando. Ele frequenta um programa de 3 anos em uma escola local e está aprendendo coisas novas todos os dias! Ele faz fisioterapia e terapia ocupacional semanalmente e em breve começará a terapia da fala novamente!”, conta Jessica, orgulhosa. “Ele é alegria e sol! Ele é o menino mais feliz; ele acena para todos. Ele ama as pessoas e tem um sorriso que poderia quebrar a casca mais dura de uma pessoa!”, afirma.
Com a história, a família Brenner quer mostrar a outros pais de prematuros que há luz no final de tempos difíceis e sombrios. Com amor e apoio, eles conseguiram superar as probabilidades de dar a Wyatt uma vida feliz e saudável.
Prematuros extremos: quais as chances de sobrevivência?
Quando um bebê nasce antes de 37 semanas de gestação, ele é considerado prematuro. Mas isso não significa que precise de cuidados hospitalares. "O que costuma manter a internação ou não do bebê não é a prematuridade em si, mas o peso e as complicações decorrentes da prematuridade", explica o pediatra neonatologista e membro da Sociedade Americana de Pediatria, Nelson Douglas Ejzenbaum.
No entanto, quanto mais prematuro, ou seja, quanto menos tempo na barriga da mãe, maiores são os riscos e as chances de internação. Tanto, que os médicos haviam estimado previamente que a primeira idade gestacional que um bebê poderia ser considerado viável fora do útero era de 28 semanas, quando pesam cerca de um quilo. "Nesse caso, consideramos prematuridade extrema", define o pediatra. No entanto, a boa notícia é que esse limite tem caído constantemente desde a década de 1980.
Ao longo dos últimos 40 anos, bebês nascidos com 24, 23 e até 22 semanas tem conseguido sobreviver, mesmo pesando menos de meio quilo. A taxa de sobrevivência melhorou até mesmo para os que nascem com menos de 22 semanas, passando de 3,6% para 20% na última década. Já para os nascidos com 26 semanas, 8 em cada 10 sobrevivem. As conclusões são de um estudo realizado pelo Hospital Infantil da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos.
Fonte: Crescer