Cientistas da Universidade de Oxford obtiveram dados de participantes de um estudo anterior (iniciado em 1982), no qual os efeitos de diferentes regimes alimentares haviam sido analisados depois de partos de bebês prematuros. Este é o resultado de um estudo britânico publicado na revista “Pediatrics”. Dentre os mais de 900 participantes, 102 entraram para um novo estudo como adultos jovens e foram submetidos a um exame cardiovascular abrangente. Outras 102 pessoas de idades semelhantes nascidas a termo foram incluídas no grupo controle, revela a Sociedade Brasileira de Obstetrícia e Ginecologia da Infância e Adolescência.
É fundamental, para o desenvolvimento cardíaco, a amamentação de bebês prematuros. Comparado ao grupo controle, o grupo pré-termo apresentava volumes cardíacos reduzidos e menor função cardíaca. Contudo, a diferença entre o grupo controle e os indivíduos que receberam aleitamento materno exclusivo foi consideravelmente menor comparada àqueles alimentados exclusivamente com uma fórmula láctea. Dentre os participantes que receberam uma combinação de leite materno e fórmula láctea, quanto maior a quantidade de leite materno que recebiam, melhor a estrutura e função cardíacas.
“Até mesmo na melhor fórmula láctea para bebês, faltam alguns fatores de crescimento, enzimas e anticorpos que o leite materno fornece aos bebês em desenvolvimento. Estes resultados mostram que até no caso de pessoas cujo nascimento prematuro tenha afetado seu desenvolvimento de modo inevitável, o aleitamento materno pode melhorar o desenvolvimento cardíaco”, enfatizou o autor do estudo Adam Lewandowski.
Fonte da notícia: Notícias ao Minuto (notícia original publicada em 02/01/17)