15 de Outubro de 2013
Lavínia: a pequena grande guerreira
“No dia 30 de dezembro de 2011, fui internada para controle da pressão arterial, estava de 29 semanas. No dia 31, em um sábado, véspera de ano novo, fiz um ultrassom de manhã, quando minha médica viu que minha bebê já estava sofrendo as conseqüências por causa da minha pressão, mas ela tentou me acalmar dizendo que faria o possível para que tudo ficasse bem.
Nesse mesmo dia, à noite, por volta das 22h30min, comecei a sentir uma dor no braço que logo passou para o estômago, uma dor insuportável que eu não conseguia controlar. Então as dores passaram para todo o corpo e minha médica foi chamada às pressas. Examinaram-me e não teve jeito, tive que fazer uma cesariana, pois fui diagnosticada com pré-eclampsia, e eu e minha filha corríamos risco de vida. Não dava mais para esperar. À meia noite do dia 01 de janeiro de 2012, eu estava dentro do centro cirúrgico ouvindo os rojões de boas festas sem imaginar que o ano ia começar com muita batalha.
À 00:45min, a minha princesa Lavínia nasceu, com 38cm e pesando 970g. Ouvi os obstetras falarem ‘tão pequenina, mas tão fortinha’, eu nunca irei esquecer esta frase. Lavínia chorou ao nascer, mas só consegui ver o pediatra passando com ela de costas. Fui conhecer a Lavínia no outro dia, foi uma emoção muito grande ver aquela pessoinha tão pequena e tão frágil, com tantos aparelhos em volta dela.
Mas a minha guerreira venceu. Lavínia nasceu saudável, mas o seu pulmão era muito prematuro, por isso teve que ficar muito tempo na UTI Neo. Devido a este tempo que passou lá, ela teve várias infecções, choque séptico, teve que fazer 5 transfusões de sangue, uma micro cirurgia para conseguir uma veia para colocarem medicamento, mas, depois de 60 dias, minha guerreira pôde vir pra casa.
Ela está com 1 ano e meio, saudável, sem seqüelas e feliz, correndo pela casa. Mede 80cm e pesa 10kg. O pediatra de Lavínia me disse o seguinte: ‘tudo que sua filha conseguiu dentro de um ano, os prematuros que passam por tudo que ela passou demoram sete para conseguir, ela é uma vitoriosa’. A cada dia que passa vejo que a minha filha veio para mudar alguma coisa no mundo, para fazer o bem, ela não sofreu à toa, ela vai fazer a diferença.”
Vanessa, mãe da Lavínia
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