"Uma pesquisadora da Escola de Enfermagem da USP de Ribeirão Preto (SP) criou um jogo virtual para treinar profissionais da saúde que trabalham com bebês prematuros em unidade neonatal.

Intitulado de e-Baby, o game simula um ambiente de incubadora e ensina a identificar quadros respiratórios dos bebês que nasceram antes dos nove meses de gestação.

"Na prática é tudo mais complicado e muito mais rápido. É muito importante ele [o aluno] se preparar e ter esse momento anterior", disse a professora Luciana Monti Fonseca, que desenvolveu o jogo. Ela usa o e-Baby para treinar as alunas do terceiro e do quarto ano do curso de Enfermagem. O desafio do estudante é identificar o quadro clínico do paciente.

No jogo, o aluno lida com problemas comuns aos bebês, como febre, tosse e os batimentos cardíacos da criança. "As simulações permitem a máxima aproximação à realidade encontrada em uma unidade neonatal. Isso possibilita ao estudante um treinamento mais adequado da avaliação clínica do bebê”, destaca Luciana. Se o estudante escolhe a opção errada no game, o bebê virtual chora como um bebê real.

Desenvolvimento do e-Baby

Segundo Luciana, a ideia do jogo começou a tomar forma em 2009, enquanto ela fazia doutorado. A professora investiu no desenvolvimento, validação e uso de tecnologias educacionais para a educação em saúde. O resultado foi o um site de avaliação clínica do bebê prematuro.

Os estudos avançaram e, para tornar o conteúdo do site mais dinâmico, a professora escolheu uma ferramenta educativa virtual e criou o e-Baby. O novo game educativo foi a base de seu trabalho de pós-doutorado realizado em Portugal, entre outubro de 2011 e outubro de 2012.

Resultados

Entre os resultados obtidos até o momento, Luciana confirma o potencial do jogo no auxílio ao ensino, garantindo que a ferramenta torna a aprendizagem mais flexível, atrativa e interativa. Os alunos confirmam a tese da professora e dizem que se sentem mais seguros. "Às vezes a gente fica um pouco indecisa sobre qual opção fazer no jogo. Mas, como ele mostra o que certo ou errado, poderemos fazer sempre a coisa certa quando formos para a prática", opinou a estudante Danielle Dias."

Fonte: G1.com.br