03 de Novembro de 2013
João Vitor: a luz e o milagre da mamãe Daiane
“Todos os pais sonham com o momento mágico, aquele em que finalmente terão o filho recém nascido a dormir no aconchego do seu colo. Mas as coisas nem sempre são como nós imaginamos. Minha gravidez era aparentemente normal, fiz o pré-natal, tomei todos os remédios e as vacinas, fazia tudo como os médicos mandavam. Os ultrassons também sempre dentro do normal, até o dia 04/06/2012, quando, com 31 semanas, dei entrada no hospital da FURG com a pressão 23/16. Foi um susto que, com toda a certeza, eu jamais vou esquecer.
Os médicos agiram muito bem, fizeram diversos exames e me medicaram para que a pressão começasse a baixar. Em 4 horas ela deveria normalizar ou eu ia direto para a cesariana. Com a graça de Deus, a minha pressão normalizou. Tomei 2 doses de corticóide para amadurecimento do pulmão do bebê, caso fosse necessária uma cesárea prematura.
Fiquei internada na maternidade para monitoramento da pressão, que aumentava e diminuía. Estava mais tranqüila e confiante de que não iria precisar fazer a cesárea antes da hora, e esperava apenas um exame para a alta. Foi exatamente esse exame que mudou tudo, o exame de urina acusou que eu estava perdendo proteína e o meu bebê estava em sofrimento fetal, não tinha mais o que fazer nem podia esperar mais, pois a minha vida e a dele corriam risco - eu estava com
pré-eclâmpsia.
Tive uma conversa com o pediatra que acompanhou a cesárea, ele me acalmou e disse assim: ‘vamos rezar para que ele chore ao nascer’. Poderia não chorar pela prematuridade e, caminhando até o bloco cirúrgico, tive uma conversa com Deus, pedi a Ele pela vida do meu filho, pois eu já não sabia viver sem ele. E no dia 07/06/2012, às 14h48min, nasceu o meu milagre, com 1,520 kg e medindo 37 cm, chorando bem forte! Naquele momento, agradeci a Deus pela primeira etapa vencida e pedi para que ele continuasse iluminando o ser mais importante da minha vida.
Eu não pude ver o meu filho, levaram-no imediatamente para a UTI Neo, onde foi entubado, sedado, ficou no banho de luz e respirando com ajuda de aparelhos e oxigênio. Permaneceu 35 dias na UTI Neo. No decorrer desse tempo, tinha dias que ele melhorava, em outros piorava. Com 16 dias, teve pneumonia, mas em nenhum momento eu deixei de acreditar que ele iria vencer, pois acreditava que Deus iria atender ao pedido de uma mãe desesperada que daria a vida pelo filho se preciso! João Vitor é a luz da minha vida, é o meu milagre!”
Daiane, mãe do João Vítor
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