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13 de Agosto de 2014
Joana, um lindo milagre
“Ser mãe talvez seja o maior sonho de todas as mulheres e eu não fico de fora desse índice. Infelizmente, a minha mãe biológica morreu depois do meu parto por infecção hospitalar. Mas Deus tem sempre um plano em nossas vidas. A minha bisavó foi a mãe que eu tive e graças a ela estou aqui. Quando minha mãe (chamo a minha bisa assim) morreu, eu disse que um dia teria uma filha com o seu nome: Joana. A partir disso, a minha Joana tornou-se um sonho. Todos à minha volta sabem que sou apaixonada por joaninhas, tenho várias coisas.
Enfim, me casei em março de 2013 e logo parei de tomar remédio, imaginando que engravidaria daqui uns 6 meses, mas fiquei grávida logo em seguida, em maio. Foi uma alegria e tanto! Meu pré-natal estava todo certinho, a minha pressão muito boa, sem nenhum episódio que identificasse um parto prematuro.
Em novembro, no dia 18, comecei a sentir dores na lombar para dormir, era muito estranho. Foram 2 dias com essas dores, ao 3º dia eu não conseguia nem sentar direito. Fui para a maternidade achando que estava com infecção urinária. De repente, o médico informa que a pressão estava alta. Fui medicada, mas nada resolvia. Quando percebo, me levam para o bloco cirúrgico, um filme passa pela minha cabeça - eu teria uma cesárea. Nunca quis esse tipo de parto pela perda da minha mãe, mas até que foi tranquilo. Joana nasceu com 29 semanas.
O primeiro pior momento foi quando recebi alta no dia 23 sem a minha filha. Ela ficou na UTI Neo. Com 8 dias, ela é operada devido a enterocolite. Eu não tinha estrutura nenhuma, foi a segunda pior notícia. Mas o meu marido sempre dizia para não esquecer quem me deu a Joana, o nosso senhor Jesus. Depois disso, a minha flor de menina foi se recuperando, ganhando peso aos poucos e, depois de 64 dias internada, ela finalmente veio para casa.
No começo ela não ganhava peso, eu já não tinha leite, e aí começou uma batalha. Consegui o leite materno no banco de leite de BH, mas ainda não estava ganhando peso. Tive que dar outro tipo de leite, artificial, específico para prematuro. Fim de abril, ela com 5 meses de vida e ganhando 1 kg por mês e pronta para mais uma cirurgia, na qual foi fechada a ileostomia.
Eu sempre imaginei o momento do parto e as coisas que aconteceriam depois. Mas hoje o que eu sei é que tudo o que uma mãe passa é para fortalecer o nosso espírito e, acima de tudo, ter a certeza do amor de Deus. Eu cresci muito com a gravidez e mais ainda depois de tudo que passei, pois eu tive Síndrome de Hellp por causa da pré-eclâmpsia. Ficou alojado no fígado cerca de 800 ml de sangue e só com o tempo para o organismo absorver tudo. A minha filha na UTI se recuperando da cirurgia e eu internada com esse problema. Não foi nada fácil. Mas hoje, sou uma mulher muito mais forte e ansiosa.
Neste exato momento, dia 21 de maio, estou no hospital com a Joana, que está com 6 meses. Ela veio fazer a cirurgia de fechamento da enterostomia, no última dia 07. Mas no dia 08 ela teve uma parada cardíaca e precisou retornar ao CTI, mas eu acredito tanto em Deus que ele fez mais um milagre. Ela ficou com o coração parado por cerca de 5 min, mas se recuperou muito bem. Foi um milagre. Hoje sou feliz por ter um prematuro.”
Fabiana, mãe da Joana