A frequência com que os hospitais realizam intervenções no momento do parto, ou seja, fazem indução do mesmo ou realizam partos cesáreos, varia consideravelmente. Mas um novo estudo, publicado no The Journal of Maternal-Fetal and Neonatal Medicine, afirma que essas diferenças parecem não afetar o curso clínico dos recém-nascidos enquanto internados nestas instituições.
O Dr. J. Christopher Glantz, professor de obstetrícia na Universidade de Rochester (EUA), revisou cerca de 30 mil prontuários de nascimentos ocorridos em hospitais públicos de Nova Iorque, em instituições que não possuíam unidades de terapia intensiva neonatais.
Imagem: Rune Hellestad/Corbis |
O pesquisador observou 3 tipos de desfechos para os bebês: se a criança era transferida para um hospital com UTI Neonatal, se ela precisava de ventilação assistida imediatamente e se ela recebia um Apgar baixo.
Não houve diferença nos resultados no que diz respeito ao que aconteceu com os bebês, ora tendo nascido em um hospital que realizava muitas intervenções, ora em uma instituição que pouco intervinha na hora do nascimento.
"Não estou dizendo que não intervir seja nosso objetivo"... "mas quando você vê que tais procedimentos não impactam positivamente nos desfechos para os bebês, me faz acreditar que eles podem ser reduzidos substancialmente", afirma Dr. Glantz.
Entretanto, o autor da pesquisa reconhece as fragilidades de seu estudo, que foi retrospectivo e não controlou possíveis fatores de confusão.
Fonte: The New York Times, "Childbirth: More Labor Interventions, Same Outcomes" por Nicholas Bakalar (25/04/11)