por Leonardo Lopes
"A fisioterapeuta Jaqueline Azevedo, 26 anos, trouxe para a CTI do Hospital Virvi Ramos de Caxias do Sul (RS) o uso de redes para ajudar o desenvolvimento de bebês prematuros. O método simula ambiente do útero materno e auxilia no ganho de peso dos pequenos.
[caption id="attachment_7275" align="aligncenter" width="620" caption="Foto: Porthus Junior / Agência RBS"][/caption]
— É um método conhecido e muito utilizado, principalmente no nordeste (do país). Não sei explicar o porquê de não usarmos aqui ainda. Eu perguntei para os médicos e eles falaram que conheciam de reportagens, mas nunca tinham visto pessoalmente. É incrível como uma mínima coisa faz diferença.
A utilização de redes nas incubadoras oferece ao bebê mais conforto, calmaria, estímulo sensório-motor e torna a recuperação mais rápida, pois poupa suas energias e favorece o ganho de peso. Jaqueline deu-se conta de que o uso das redes poderia ter aplicação imediata durante a fisioterapia respiratória para uma bebê nascida com apenas cinco meses e meio de gestação e 550g:
— Em uma das sessões, eu a peguei em minhas mãos e aconcheguei seu corpinho como se estivesse em uma rede. Como num estalo, aqueles artigos e reportagens que tinha visto vieram a mente.
A primeira rede foi improvisada com uma fronha e cadarços. A pequena respondeu muito bem, e uma colega de Jaqueline costurou uma rede mais adequada.
Em uma semana de tratamento, com sessões de 30 minutos a duas horas na rede, a menina apresentou um ganho de 250g. Hoje, ela se encontra com 2,350kg e só utiliza um respirador para poupar os pulmões e ajudar no controle da saturação de oxigênio."
Fonte: ZeroHora