Notícia original publicada em 20 de maio de 2014.
Por Wenner Tito
Teresina
Problemas com um filho recém-nascido podem deixar o amor ao time do coração um pouco esquecido, mas com o vascaíno Gustavo Emanuel aconteceu justamente o contrário. Natural de Picos, cidade localizada ao sul do Piauí, o empresário estava em Teresina acompanhando o filho na UTI Neonatal quando soube que o time cruz-maltino estava na capital piauiense. Para o torcedor, o nascimento da bebê foi que deu sorte para a vinda da equipe carioca ao estado, e ele ainda compara sua situação com a vivida pelo goleiro Martín Silva há alguns meses.
O filho de Gustavo nasceu no dia 29 de abril com apenas sete meses de gestação. Prematuro, Gustavo Filho está em recuperação na incubadora para ainda ganhar peso. O pai sempre percorria 306km de estrada (distância entre Teresina e Picos) para acompanhar o estado de saúde do recém-nascido. Até que decidiu ficar por mais tempo na capital. Foi aí que soube que o time do coração iria jogar ali pertinho, no estádio Albertão, em partida válida pela Série B do Campeonato Brasileiro. Para ele, um sinal de boa sorte trazida pelo filho.
[caption id="attachment_14135" align="aligncenter" width="690"] Gustavo com a mulher, Ligielle Fernanda: "Meu filho foi o 'chama' para o Vasco vir para Teresina". (Foto: Wenner Tito)[/caption]
- Tenho certeza que ele foi a atração para o Vasco vir jogar aqui. Já chegou trazendo boa sorte, e quando ele estiver um pouco maior vou levá-lo para São Januário, vai ser o primeiro estádio que ele vai visitar – conta Gustavo, adiantando que o filho deve conhecer a Colina ainda em 2014.
Guilherme se inspira em um atleta do Vasco para enfrentar o momento difícil que passa com o filho. O goleiro Martín Silva teve alguns dias de licença durante o Campeonato Carioca para poder acompanhar a filha Pilar no Uruguai, que também nasceu prematura. Pilar se recuperou e Martín Silva voltou ao Vasco, e Guilherme espera resultado parecido.
- Assim como a filha dele se recuperou, tenho certeza que meu filho também vai se recuperar. O Vasco vai dar sorte – acredita o pai.
De pai para filho
A relação com time da Cruz de Malta é antiga na vida de Gustavo. Ele conta que representa a terceira geração de vascaínos da família, após "herdar" o amor ao time do pai, que herdou do seu avô. Já o avô materno, botafoguense, ainda tentou botar um fim nessa linhagem, mas foi atrapalhado pelo genro.
- Meu avô por parte de mãe queria que eu fosse botafoguense, mas quando eu tinha uns 6 ou 7 anos meu pai comprou uma camisa do Vasco para mim e eu me apaixonei. Graças a Deus hoje sou vascaíno – relembra.
[caption id="attachment_14136" align="alignleft" width="300"] Gustavo mostra foto do filho na incubadora:
'Vai ser mais fanático que eu'. (Foto: Wenner Tito)[/caption]
E o Gustavo Filho, ao que tudo indica, será a quarta geração de vascaínos na família. O plano de conhecer São Januário no primeiro ano de vida é apenas o começo de toda uma influência que o pai deseja exercer, e já sabe qual resultado que vai esperar.
- Sempre tive uma relação familiar com o Vasco, porque tinha influência do meu pai. Mas hoje eu já superei ele, sou mais fanático, e espero que meu filho se torne mais fanático do que eu também – afirma.
O plano de Gustavo não vai encarar muita resistência. Apesar do receio de ver o filho em um estádio tão cedo, a mãe flamenguista Lygielle Fernanda já aprendeu a conviver com o fanatismo do marido, tanto que já está ela mesma quase mudando de lado.
- Ainda vamos conversar sobre isso de levar ele para São Januário, mas acho que vai ser vascaíno mesmo. Até eu já estou torcendo para o Vasco por causa dele – conta.
Fonte: Globo Esporte
Entenda a situação do goleiro Martín Silva
Por Edgard Maciel de Sá
Rio de Janeiro
[caption id="attachment_14137" align="alignright" width="300"] Filha de Martín Silva, goleiro do Vasco, é prematura. (Foto: Marcelo Sadio / Vasco.com.br)[/caption]
Os primeiros cinco meses de 2014 tem sido intensos para o goleiro Martín Silva. Novo clube, adaptação do Brasil, derrota polêmica na final do Campeonato Carioca e convocação para disputar sua segunda Copa do Mundo pela seleção do Uruguai. Mas o momento mais marcante para o camisa 1 de São Januário foi o nascimento de sua filha Pilar, que veio ao mundo prematura e com problemas respiratórios no início de março. O jogador chegou a ser liberado para ir ao Uruguai acompanhar o caso de perto. No retorno, a homenagens da torcida cruz-maltino o emocionaram.
- Essas demonstrações de afeto e apoio me ajudaram muito. Foram fundamentais durante toda a situação da minha filha. Passei por momentos duros até receber a notícia de que ela estava bem. Aí teve o jogo no Maracanã contra o Fluminense (empate em 1 a 1 pela fase de classificação do estadual) e a torcida cantou o nome dela. Foi muito emocionante. Precisei até de alguns minutos para me concentrar novamente. Por isso, só tenho a agradecer. Se agora fui convocado para a Copa, é também resultado do trabalho que fiz no Vasco desde o início do ano - ressaltou.
Fonte: Globo Esporte