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05.08.2014

Sindicato do Amapá denuncia falta de remédios para prematuros


Notícia original publicada em 24 de julho de 2014.

por John Pacheco/G1 AP

[caption id="attachment_14677" align="aligncenter" width="300"]10% dos nascidos na maternidade do Amapá são prematuros, diz sindicato. (Foto: John Pacheco/G1) 10% dos nascidos na maternidade do Amapá são prematuros, diz sindicato. (Foto: John Pacheco/G1)[/caption]

O Sindicato Estadual dos Médicos (Sindmed) denunciou a falta de medicamentos e equipamentos na Maternidade Mãe Luzia, única da rede pública do Amapá. Segundo o presidente da entidade, Fernando Nascimento, o problema prejudica bebês prematuros, que precisam do remédio surfactante - em falta - para o desenvolvimento pulmonar.

[caption id="attachment_14678" align="alignleft" width="300"]Fernando Nascimento, presidente do Sindicato dos Médicos do Amapá. (Foto: John Pacheco/G1) Fernando Nascimento, presidente do Sindicato dos
Médicos do Amapá. (Foto: John Pacheco/G1)[/caption]

“Temos dados que 10% das crianças nascidas na Mãe Luzia são prematuras, e elas precisam do surfactante para o amadurecimento das funções do pulmão, pois nessa fase, o bebê não consegue estímulo para respirar”, disse Nascimento, acrescentando que denunciou o caso para a Promotoria de Defesa da Saúde do Ministério Público.

O sindicato diz que a falta do remédio na rede pública causou a morte de seis prematuros internados na maternidade. “Se a criança não é forçada a respirar, as chances do óbito são muito grandes nas crianças. Os profissionais relatam que trabalham de forma ‘cega’, tendo em vista também que a maioria dos monitores de acompanhamento estão danificados”, reforça.

[caption id="attachment_14679" align="alignleft" width="300"]Acimor Coutinho, diretor da maternidade do Amapá. (Foto: Reprodução/TV Amapá) Acimor Coutinho, diretor da maternidade do Amapá. (Foto: Reprodução/TV Amapá)[/caption]

O médico Acimor Coutinho, diretor da maternidade, confirmou a ausência da medicação, mas contestou o registro de mortes por ausência do remédio.

“O remédio não é a causa primária dos óbitos que aconteceram em prematuros. A falta não é sentida só no Amapá, mas também em outros estados do país. Para nós ainda é pior porque nem no estado e nem no vizinho, Pará, existem laboratórios que distribuam esse material”, justificou Coutinho, acrescentando que o surfactante foi adquirido em Goiânia, e deve chegar ao Amapá nesta sexta-feira (25).

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que as mortes dos bebês citadas pelo sindicato aconteceram por prematuridade extrema, onde os recém-nascidos apresentavam peso médio de 775 gramas a 1,02 quilo, motivo que causou as mortes no mesmo dia de nascimento.

Fonte:  G1

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