Bom dia a todos!
Que pai ou mãe nunca se perguntou: "ligo para o pediatra agora (no meio da madrugada) ou... posso esperar até amanhã de manhã?... Será que o que o meu bebê tem é mesmo grave? ... Levo ao pronto-atendimento ou aguardo a consulta?"
Por isso achei ótima essa matéria que esclarece algumas situações emergenciais em que SIM, devemos correr para o pronto-socorro com os pequenos. Vale ler e lembrar dessas dicas na hora da angústia.
Mas lembrem que quem convive, quem cuida do bebê no dia-a-dia é quem realmente o conhece. Portanto, nunca subestime seu sexto sentido: se o seu filho não estiver apresentando nenhum dos sintomas preocupantes aqui citados ou quaisquer outros sintomas mais graves, mas você vê/sente que ele não está normal, está diferente... procure atendimento médico! Não custa se certificar de que está tudo bem e todos poderem dormir tranquilos...
Um beijo e bom domingo!
"Quem chega a um pronto-socorro infantil – em qualquer um deles –, no final da manhã ou no início da noite, costuma ficar assustado com o corre-corre. Em geral, há muitas crianças na sala de espera, algumas bem abatidas, muitas febris, outras até brincando. Será que todos os casos são urgências? De acordo com os pediatras, não. Ao contrário. Cerca de 90% dos atendimentos não são de casos graves. "Com a alteração do modo de vida, criou-se a cultura do PS (pronto-socorro). É um facilitador. Os pais trabalham, não têm tempo para marcar consulta com o ‘médico da família´ e levam os filhos direto para o pronto-atendimento", conta o pediatra Marcelo Grotti Lobo.
Para a pediatra e endocrinologista Adriana Bajzek existe um outro fator, um sentimento comum a muitas mães: culpa. "Por ficarem fora muitas horas, elas vêm aqui para dividir essa angústia com a enfermeira, o plantonista e outras mães que compartilham do mesmo ‘sofrimento’", afirma.
Não se pode, no entanto, generalizar. Alguns casos, como dificuldade respiratória e intoxicação, precisam de avaliação imediata. E os recém-nascidos requerem ainda uma atenção maior. Por serem mais vulneráveis, eles devem ser levados com urgência, mediante qualquer alteração, como a febre, já que ela não costuma ser comum nessa fase. Se você tem dúvidas do que é ou não urgência, fique tranqüila. Veja, a seguir, alguns casos em que o melhor é correr para o pronto-socorro.
Febre
A febre por si só não deve preocupar. É possível controlá-la em casa por um período até 12 horas. "Não há riscos em esperar esse tempo", garante Lobo. Não se esqueça: o antitérmico pode demorar até 50 minutos para começar a fazer efeito. Se não conseguir controlar com uso de medicamento – que deve ser prescrito pelo pediatra –, ou se apresentar picos acima de 39,5ºC, aí sim é preciso levar ao pronto-socorro. O que também vale se a febre estiver associada a outros sintomas, como vômito, diarréia, dor de cabeça, choro exagerado, alteração de comportamento e sonolência excessiva. "Ela pode estar relacionada a qualquer doença infecciosa", afirma Jerson Coelho, supervisor da Residência Médica e Pediátrica do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina. Importante: se depois das 12 horas de espera a temperatura baixar e a criança ainda estiver caidinha, recorra ao PS.
Intoxicação
Remédios e produtos de limpeza são os campeões da intoxicação infantil. Um por ser doce e o outro por, muitas vezes, ser guardado em garrafas de refrigerante, chamando a atenção dos pequenos. O jeito é correr rapidamente para o PS. Não induza o vômito porque algumas substâncias, como soda cáustica, quando expelidas de maneira inadequada agravam a lesão. Antes de ir ao PS, pegue o rótulo da substância, tente verificar quanto ele tomou e marque o horário. Se for uma planta, procure saber o nome. "Todos esses dados vão ser de grande valia para o médico", diz a pediatra Adriana Valda Souza Ferreira.
Dificuldade respiratória
Cansaço respiratório, laringite e rouquidão são outros sinais de alerta. "Podem ser indícios de um caso mais grave, como início de pneumonia", diz a pneumologista Patrícia Furlan. Pequenos objetos também podem causar problemas respiratórios. Se a criança aspirar um brinquedinho, por exemplo, vá imediatamente para o pronto-socorro.
Convulsão
Todos os profissionais concordam: se a criança sofrer convulsão, os pais têm de procurar auxílio médico, porque apenas ele saberá precisar o que pode acontecer, quanto tempo a crise vai durar e se é complexa ou não. Você deve observar quanto tempo a criança se debateu, se enrolou a língua, quais movimentos fez, se os músculos enrijeceram ou não. Essas informações são importantes."
Fonte: RevistaCrescer.Globo.com