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31.03.2014

Projeto Pai Canguru promove abraço entre pais e bebês internados


Notícia original publicada em 17 de março de 2014.

por Ascom da Secretaria de Saúde

Trinta minutos foram suficientes para estreitar o laço entre pai e filha, interrompido por um período de um mês de internação em uma UTI. Thiago de Oliveira e a pequena Ágata Vitória, de apenas 50 dias, não puderam ter contato logo após o parto, mas agora estão recuperando o tempo perdido durante as visitas do projeto Pai Canguru, que funciona no Hospital Estadual Rocha Faria (HERF), em Campo Grande. Enrolados com faixas de atadura, pai e filha desfrutam de alguns minutos, juntinhos, em um contato pele a pele que parece agradar muito a ambos.

O método Canguru foi criado para tornar possível o contato mais próximo entre os pais e o recém-nascido prematuro, promovendo a interação, fortalecendo o desenvolvimento psicoafetivo do bebê e garantindo aos pais a segurança necessária para cuidar e diminuir o sofrimento de seu filho nesta etapa delicada. Quando realizado pelo pai, o método também pode ajudar a transmitir à mãe a certeza de ter ao seu lado um companheiro que vai apoiá-la nesta fase.

- Quando ela foi pra UTI, achei que não íamos ter contato tão cedo. Na transferência pra Unidade Intermediária (UI), me informaram que eu podia participar do Pai Canguru e fiquei feliz. É muito bom ver de perto que ela está evoluindo, que daqui a pouco estará com a gente em casa. A sensação de encostar na pele dela, esse contato é muito legal. Ela fica calminha quando estamos juntos. Acho que está feliz – afirmou Thiago.

O projeto para participar do Pai Canguru, os bebês precisam estar em boa condição de saúde, sem uso de oxigênio e punção venosa. Os pais começam ficando com o bebê enrolado durante 15 minutos, podendo ficar mais tempo de acordo com a evolução da criança. É permitida a visita diária, em horários pré-estabelecidos. Os profissionais envolvidos no processo foram treinados para garantir que o método seja exercido com segurança.

- Nossa ideia é oferecer melhor suporte de carinho ao bebê, aumentando o vínculo afetivo entre o pai e a criança. Essa ação já é feita há muito tempo com as mães cujos bebês estão internados nessas unidades, mas com o tempo percebeu-se a necessidade de incluir o pai nesse contexto, fazendo a integração da família inteira. É importante o pai estar junto em todos os momentos. Eles são convidados por nós e temos percebido boa receptividade. Muitos têm receio de infectar a criança, por estarem vindo da rua, mas é importante que o bebê crie anticorpos que serão importantes para viver a realidade futura, fora do hospital – esclarece a coordenadora da Neonatologia do HERF, Maria Angélica Svaiter.

Ágata Vitória nasceu aos seis meses de gestação, com baixo peso e muita preocupação da família. Hoje, a menina se recupera bem e aguarda os atuais 1,435 kg subirem para 2kg para, enfim, ter alta hospitalar.

- Quando a minha mulher passou mal, eu vim trazê-la no hospital e nunca imaginei que a minha filha já ia nascer. Quando colocaram ela na maca e vi que ia parir fiquei muito assustado. A neném foi direto pra UTI e eu vinha visitá-la, ficava só olhando. Agora eu posso tocá-la, fazer carinho. Quem fica com inveja é minha mulher, que viu as fotos da gente juntos e ainda não ficou com ela dessa maneira – brinca Thiago.

Veja a sequência de fotos desse belo momento:

[caption id="attachment_12785" align="aligncenter" width="3000" caption="Foto: Mauricio BazílioFoto: Mauricio BazílioFoto: Mauricio Bazílio"][/caption]

Fonte: Governo do Rio de Janeiro e Catraca Livre

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