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12.03.2014

Prematuros extremos representam 1% dos nascidos no Brasil


Notícia original publicada em 09 de março de 2014.

Correio Braziliense

A força com que eles lutam pela vida é inversamente proporcional ao tamanho e ao peso com que vieram ao mundo. Com gestação de 28 semanas e menos de 1kg registrado na balança, os prematuros extremos desafiam, dia a dia, a sensibilidade de um sistema imunológico ainda não formado. No leito de uma unidade de terapia intensiva neonatal, os pequenos amadurecem os pulmões, que não estavam preparados para o parto antes dos nove meses. Do outro lado da incubadora, a família assiste ao esforço e, frequentemente, às intercorrências que atravessam o caminho dos pequenos guerreiros. O encurtamento do processo de desenvolvimento dos fetos se dá, em geral, por razões ligadas ao organismo materno e, para evitá-las, o acompanhamento pré-natal é imprescindível.

Durante os 86 dias em que Miguel Hermann Robales, 1 ano e 1 mês, viveu na UTI neonatal, a alegria de Maristela Hermann, 38 anos, era quando as gotículas de água no vidro da incubadora — umidificada para proteger a pele do bebê — escorriam. “Ficava do lado dele esperando esse momento, pois não podia pegá-lo no colo para evitar expô-lo a alguma bactéria”, lembra. A prematuridade decorreu de uma condição não descoberta durante o pré-natal do útero da mãe.

O calor do corpinho de Miguel, com 1,080Kg e 35cm, Maristela só sentiu com 72 dias de internação. “Foi a sensação mais maravilhosa do mundo. Era como se ele tivesse nascido naquele momento”, conta. Em casa, uma miniclínica foi montada para assisti-lo. O garoto tem uma rotina de tratamento apertada. São aulas de estimulação precoce para reverter a lesão cerebral, que afeta seus movimentos do lado direito, fisioterapia e consultas. Como teve retinopatia (lesões na retina), o pequeno também faz acompanhamento com oftalmologista. Nos últimos dias, ele recebeu alta do cardiologista, que afastou o risco de sequelas no coração.

[caption id="attachment_12366" align="aligncenter" width="600" caption="Maristela conta a emoção de pegar o filho, Miguel, depois de 72 dias de internação: "Foi a sensação mais maravilhosa do mundo". Foto: Breno Fortes/DP/D.A Press"][/caption]

Fonte: Diário de Pernambuco

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