O acompanhamento durante a gestação com as consultas do pré-natal reduz as chances do parto prematuro. Uma pesquisa da Universidade Estadual de Montes Claros (Minas Gerais) indica soluções para reduzir o índice de mortalidade em recém-nascidos prematuros. A coluna Vida e Saúde do MG Inter TV 1ª Edição mostra quais são.
[caption id="attachment_10397" align="aligncenter" width="300" caption="Reprodução/MG Inter TV 1ª Edição"][/caption]
Resumo da reportagem:
Os pequenos guerreiros lutam pela vida a cada dia. No decorrer da reportagem, são apresentados diversos casos de famílias que tiveram filhos prematuros.
O pediatra e pesquisador Antônio Prates fez um levantamento e publicou um estudo sobre a mortalidade entre as crianças prematuras. O estudo pesquisou 184 prontuários, nas quais 44 crianças morreram, ou seja, 23,9% do total. Todos os casos relacionados ao baixo peso, sempre inferior a 1 quilo. Em 22,8% as mães eram adolescentes e quase 28% fizeram menos de 4 consultas de pré-natal.
[caption id="attachment_10401" align="alignright" width="300" caption="Reprodução/MG Inter TV 1ª Edição"][/caption]
"Esse estudo mostrou que as crianças prematuras têm um risco maior de óbito em decorrência do baixo número de atendimento pré-natais e da qualidade inadequada que tem na hora do parto", diz o médico. A restrição de leitos de UTI Neonatal também é um fator determinante, pois os prematuros precisam de cuidados após nascer e são necessários mais leitos para realizar o tratamento durante as prolongadas internações, aponta Antônio.
Após a reportagem, o programa recebe no estúdio para uma entrevista o Dr. Elder Leoni, coordenador da UTI Neonatal do Hospital Universitário. Ele afirma que "o índice mostrado na pesquisa tem uma relação forte com a ausência do pré-natal, tanto na quantidade quanto na qualidade" desse acompanhamento. Mas existem outros fatores que devem ser observados também, como a gravidez na adolescência e o uso de drogas.
Durante o pré-natal, podem ser diagnosticados problemas como a hipertensão e a diabetes gestacional, que estão frequentemente relacionados a prematuridade. Se forem identificados precocemente, o controle pode ser feito, evitando as consequências desses doenças, como o parto prematuro.
Em uma gestação de 40 semanas, a Organização Mundial de Saúde recomenda que devem ser feitas, pelo menos, de 6 a 7 consultas. Naturalmente, se há um risco de prematuridade, essas consultas devem ser intensificadas.
Para Elder, a pesquisa é importante porque indica que deve-se aumentar a quantidade de leitos. "A ampliação dessa rede é fundamental", diz ele.
Em seguida, é aberto um espaço para perguntas dos telespectadores, perguntando, por exemplo, sobre os profissionais indicados para fazer o pré-natal. Enfermeiros podem iniciar os procedimentos, e depois repassam o paciente para o obstetra para que ele faça o tratamento mais adequado. Já sobre a pergunta de como fazer para reduzir os índices divulgados na pesquisa, Elder responde que há duas maneiras de contornar a mortalidade em neonatologia relacionada a prematuridade. Primeiro, evitar que o bebê nasça prematuro, através de políticas públicas, e segundo, está o acesso às Unidades de Terapia Intensiva.
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Fonte: MG Inter TV 1ª Edição
Notícia original veiculada em 06 de junho de 2013.