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Ser papai de primeira viagem é...
20/01/2017
Descobrir que o amor incondicional existe e o maior e mais sincero de todos está bem diante do nosso abraço.
É dizer nas reuniões de família que os defeitos são da mãe e as qualidades são nossas.
É achar nem que seja uma pinta em comum para afirmar que o bebê é nossa cara.
É comprar roupinhas com frases engraçadas ou de super-herois e ter que ouvir um monte da mãe depois.
É comprar um bodyzinho do time que torce para desfilar na frente dos amigos e mostrar “quem manda!”.
É pôr as mãos no rosto, tirar, e depois dizer: “Achooou!”.
É falar com a voz do bebê o tempo todo e dialogar consigo mesmo na voz original.
É se pegar chorando na primeira ida ao pronto socorro.
É deixar a criança beber água com sabão na hora do banho e dizer para a mãe que “foi só um golinho”.
É olhar torto para os bebês meninos (quando se é pai – machista – de menina) com quem diz: “Tira o zóio da minha filha, rapá!”.
É avistar uma bebê menina (quando se é pai – machista – de menino), pegar o filho no colo, apontar com o dedo, e dizer: “Olha lá, filhão, sua futura namorada!”.
É colocar o bebê no cavalinho e depois pedir desesperadamente para alguém retirá-lo por medo de derrubar (e quem sabe, “matar”) a cria.
É quase arrancar a cabeça do bebê ao tirar a roupinha por não saber para que serve os botõezinhos na gola.
É se descobrir capaz de qualquer coisa por aquele pequeno ser (e ficar assustado ao refletir sobre essa descoberta).
É esquecer por uns momentos que o bebê também tem uma mãe (e, principalmente, que nós temos uma esposa/namorada).
É acumular a função de segurança não-remunerado.
É se conformar com a realidade de que nem o celular e nem o controle remoto são nossos.
É vivenciar a sublime sensação de ser amado verdadeiramente – e para sempre – por um alguém que enxerga com o coração e pureza, sem fazer distinção de classe
social, posição política, cor ou religião.
Enfim, ser pai de primeira viagem é… tentar ser o melhor pai do mundo mesmo sem ter a menor noção de por onde começar – embora seja muito claro em nosso íntimo o caminho pelo qual desejamos trilhar.
por Fernando Guifer, jornalista e pai da prematurinha Laís (FernandoGuifer.com.br)
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