Diversas pesquisas já haviam relacionado certas características apresentadas por um bebê ainda no útero materno ou em seus primeiros de vida com alterações metabólicas que levam ao diabetes tipo 2. Agora, uma nova pesquisa ajuda a compreender de que forma isso acontece. O estudo descobriu que bebês prematuros são mais propensos a apresentar níveis elevados de insulina quando nascem e durante os primeiros anos de vida. Segundo os pesquisadores, apesar de esse hormônio ser o responsável por controlar a taxa de açúcar no sangue, evitando que ela fique elevada demais, uma quantidade de insulina acima do normal ainda na infância pode desencadear resistência à sua ação. Essa resistência é justamente o que caracteriza o diabetes tipo 2.
O estudo, feito na Faculdade de Saúde Pública da Universidade John Hopkins, nos Estados Unidos, foi publicado nesta terça-feira no periódico Jama. Os autores avaliaram 1 358 crianças nascidas entre 1998 e 2010 e acompanharam seu desenvolvimento durante cerca de sete anos.
Os resultados indicaram que, quanto mais prematuro o nascimento do bebê, maiores os níveis de insulina apresentados por ele. Em média, bebês prematuros (nascidos antes de 37 semanas de gestação) apresentaram, ao nascer, praticamente o dobro dos níveis de insulina de crianças nascidas com 39 semanas ou mais de gestação. Durante os primeiros anos da infância, crianças nascidas antes do tempo normal continuaram a ter maiores quantidades de insulina do que as outras.
"Pesquisas como essa revelam o quão cedo é possível dar os primeiros passos para prevenir o diabetes", escreveu Mark Hanson, pesquisador da Universidade de Southampton, na Grã-Bretanha, em um editorial publicado junto com o estudo.
Saiba na reportagem original como evitar o diabetes tipo 2.
Fonte: Veja