Foto: Roc Canals/GI/Getty Images
O método canguru já é um velho conhecido de pais e mães: desde 2000, a técnica que se baseia no contato pele a pele entre progenitores e bebês é uma política nacional de atenção humanizada ao recém-nascidos no Brasil. Agora, um estudo publicado no prestigiado The New England Journal of Medicine legitima seu potencial: analisando mais de 3 mil bebês prematuros, os médicos constataram que o grupo de crianças que receberam atenção imediata com o método canguru teve uma mortalidade mais baixa nos primeiros 28 dias do que os pequenos submetidos a cuidados convencionais.
“Essa estratégia reduz todas as complicações inerentes à prematuridade. Por isso o risco de morte é menor”, diz a neonatologista Marynéa Vale, do Centro de Referência Nacional do Método Canguru da da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
Benefícios múltiplos, evidências científicas sustentam que esse método ajuda o bebê a estabilizar a temperatura corporal e os batimentos cardíacos, reduz seu estresse e a dor, aumenta a imunidade (diminuindo o risco de infecção hospitalar), melhora o desenvolvimento neurológico e psicoafetivo, além de fortalecer o vínculo com os pais.
Colado nos pais: Como o método é orientado para prover proteção com segurança:
Passinho a passinho: Antes mesmo de o bebê ser colocado no tórax, a técnica já começa com o toque dos pais quando o pequeno ainda está na incubadora.
Xô, micróbrios: Estar limpo e higienizar bem as mãos que vão tocar o bebê é essencial, pois recém-nascidos são altamente suscetíveis à infecção hospitalar.
Conforto total: Contanto que o tórax do progenitor e o do bebê estejam grudadinhos, o adulto pode ficar de pé ou sentado, mas é bom ter uma cadeira por perto.
Relaxa e curte : Pai ou mãe devem ter disponibilidade para se dedicar ao método: médicos indicam que a sessão dure no mínimo 30 minutos — sem limite máximo.
Leia aqui: Fonte Veja Saúde setembro de 2021.