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11.09.2014

Hospital utiliza redes em UTI para ajudar bebês prematuros


Notícia original publicada em 08 de setembro de 2014.

Bel Dias
Direto de Marília

[caption id="attachment_14935" align="alignright" width="300"]O Hospital Universitário de Marília usa redes de flanela para deixar recém-nascidos mais calmos e poderem dormir melhor. (Foto: Izabel Dias/Especial para Terra) O Hospital Universitário de Marília usa redes de flanela para deixar recém-nascidos mais calmos e poderem dormir melhor. (Foto: Izabel Dias/Especial para Terra)[/caption]

Uma experiência inovadora vem ajudando no desenvolvimento de bebês prematuros internados na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) do Hospital Universitário de Marília, interior de São Paulo. Além de todos os cuidados médicos dispensados aos prematuros, a equipe da UTI passou a utilizar redes de flanela colocadas dentro da incubadora.

Segundo a médica neonatologista Daniele Carvalho Garbelini, coordenadora técnica da UTI neonatal, a utilização das redes começou há dois meses e os resultados foram rapidamente visíveis. Os bebês ficam mais tranquilos, dormem mais e respondem melhor ao tratamento. “Como a rede é feita de flanela, ela envolve o bebê; e o bebê prematuro precisa desse amparo, precisa se sentir como se estivesse no útero, eles realmente ficam muito calmos”, disse a médica.

Daniele Garbelini explica que o bebê ficando mais calmo, tem um sono tranquilo e melhora o desenvolvimento cerebral. “Quanto mais sono e mais tranquilidade o prematuro tiver, melhor o ganho neurológico. E também evita intercorrências”.

A equipe da UTI neonatal conta que um dos primeiros bebês colocados na rede estava há mais de um mês na UTI e era o mais agitado e choroso. Depois de passar a utilizar a rede, o bebê se acalmou e passou a dormir melhor.

[caption id="attachment_14936" align="aligncenter" width="920"]É visível a evolução no quadro dos bebês com a utilização das redes. (Foto: Izabel Dias/Especial para Terra) É visível a evolução no quadro dos bebês com a utilização das redes. (Foto: Izabel Dias/Especial para Terra)[/caption]

A médica conta que a ideia de implementar a rede no Hospital Universitário surgiu ao tomar conhecimento de que elas são utilizadas por algumas UTIs neonatais do Nordeste. A partir daí, a funcionária Maria Aparecida de Castro Boscateli, que também integra a equipe da UTI, confeccionou as redes.

[caption id="attachment_14937" align="alignleft" width="300"]Enfermeira Aline Marzola, Dra. Daniele Garbelini e a funcionária Maria Aparecida Boscateli, quem confeccionou as redes. (Foto: Izabel Dias/Especial para Terra) Enfermeira Aline Marzola, Dra. Daniele Garbelini e a funcionária Maria Aparecida Boscateli, quem confeccionou as redes. (Foto: Izabel Dias/Especial para Terra)[/caption]

A enfermeira Aline Marzola de Rezende, coordenadora da unidade neonatal do hospital, disse que é visível a evolução no quadro dos bebês com a utilização das redes. Inicialmente o ‘acessório’ só está sendo colocado para bebês que não necessitam de entubação, ou alguma forma de ventilação mecânica. Só aqueles que respiram sozinhos recebem o privilégio de dormir na rede de flanela.


A equipe da UTI neonatal afirma que tudo o que é feito para acalmar os bebês e melhorar o ganho estatural ajuda a acelerar a alta. Mesmo estando na incubadora os bebês têm contato com os pais. A médica Daniele Garbelini acredita que as redes também são positivas para bebês não-prematuros, já que o objetivo é que se sintam aconchegados e protegidos.


[caption id="attachment_14938" align="alignleft" width="300"]Graciele Souza Melo e Fábio Coelho de Andrade observam a filha Ayla. (Foto: Izabel Dias/Especial para Terra) Graciele Souza Melo e Fábio Coelho de Andrade observam a filha Ayla. (Foto: Izabel Dias/Especial para Terra)[/caption]

Pais aprovam
Para Graciele Souza Melo e Fábio Coelho de Andrade, a iniciativa das redes de flanela na UTI é bastante positiva. Desde o dia 22 de julho eles vão todos os dias à UTI neonatal do hospital visitar a filha Ayla, que nasceu com 1,050 Kg. “Ela fica muito calma e relaxada, está crescendo a cada dia. A gente quer sempre o melhor para os nossos filhos. Não vejo a hora de levá-la pra casa”, disse a mãe.

A UTI neonatal do Hospital Universitário tem 10 leitos e mantém 90% de ocupação diária. Para receber alta o bebê precisa atingir idade gestacional corrigida de 34 semanas e pelo menos 1,800 Kg.

São considerados bebês prematuros os nascidos com menos de 37 semanas completas e prematuros extremos o que nascem com menos de 30 semanas completas. Conforme levantamento divulgado em 2012 pela Organização Mundial de Saúde, o Brasil é o 10º país do mundo com maior número de nascimentos prematuros – em 2010 foram cerca de 280 mil.

Fonte: Terra

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