Os bebês prematuros de Curitiba contarão com uma nova estrutura para atendimento especializado. Será inaugurado, na segunda quinzena de maio, no Hospital e Maternidade Santa Brígida, o primeiro Centro de Seguimento de Prematuros em um hospital privado no Paraná. A nova estrutura faz parte das comemorações pelos 15 anos da UTI Neonatal do Hospital.
Segundo a médica Gislayne Souza Nieto, chefe da UTI Neonatal do Hospital e Maternidade Santa Brígida, todo prematuro deve ser acompanhado após a alta por uma equipe multidisciplinar para avaliação de seu desenvolvimento pôndero-estatural e cognitivo comportamental, pois o diagnóstico precoce pode sugerir intervenções imediatas. “Estes centros de seguimento são conhecidos mundialmente como ambulatórios de follow up do prematuro. Com ele, poderemos acompanhar o desenvolvimento dos nossos pacientes, com atendimento especializado, orientação e encaminhamentos que são extremamente necessários após a alta da UTI”, destaca.
Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) estimam que, todos os anos, cerca de 15 milhões de crianças nascem antes de completar 37 semanas de gestação no mundo. Além disso, um estudo chamado “Prematuridade e suas possíveis causas”, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), aponta que a prevalência de partos de crianças prematuras no Brasil chega a 11,7%, nos colocando na décima posição entre os países onde mais nascem bebês prematuros.
Nestes 15 anos de existência, 3931 pacientes já passaram pela UTI Neonatal do Santa Brígida. É o caso das três “Marias”. A Maria Clara, a Maria Helena e a Maria Victória nasceram no dia 10 de junho de 2014, com 33 semanas de gestação e ficaram 35 dias internadas. A menor delas, a Maria Victória, nasceu com apenas 1,315 kg. “Sem os cuidados que minhas filhas tiveram na UTI, elas não sobreviveriam. Sou eternamente grata a toda a equipe de enfermagem da UTI”, comenta a mãe Mirian Schuebel de Oliveira da Luz. Hoje, com 2 anos e 10 meses, as meninas estão com desenvolvimento normal e fazem acompanhamento multiprofissional de rotina.
De acordo com a médica Gislayne, a taxa de sobrevida dos prematuros no hospital, após 24 semanas de idade gestacional, é cada vez maior. “Este desempenho só é possível com o trabalho efetivo multiprofissional entre médicos, enfermagem e fisioterapia. O avanço nos cuidados nutricionais, executado por uma médica nutróloga, juntamente com cuidados rigorosos do Serviço de Controle de Infeção Hospitalar, que mantém nossas taxas de infecção muito abaixo da maioria das UTIs Neonatais, podem ser relacionados com a sobrevida e menor morbidade de nossos prematuros”, destaca.
Hoje, a UTI Neonatal do Hospital e Maternidade Santa Brígida conta com 16 leitos para atendimento de prematuros. “Nestes 15 anos, houve uma evolução muito positiva no atendimento de nossos bebês, com enfoque cada vez maior para o atendimento humanizado, com horários sem restrição para permanência dos pais em nossa UTI e interação entre os médicos neonatologistas, especialistas e enfermagem”, reforça Gislayne.
Fonte da notícia: Paranashop (notícia original publicada em 19/04/17)
(Foto: Divulgação)