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19.02.2017

Hospital faz campanha para evitar o uso de celulares em UTIs para bebês

Um hospital de São Paulo está fazendo uma campanha para evitar o uso de celulares em salas onde ficam bebês. Pesquisa mostrou que quase 95% dos celulares estão contaminados por bactérias.

Ao contrário das mãos, o celular, que virou um prolongamento delas, não pode ser lavado várias vezes por dia. “Já existem pesquisas que dizem que tem microrganismos e até bactérias hospitalares nele. Ninguém limpa o celular. Ninguém higieniza. Não tem como e mesmo que faça isso, você acaba colocando em qualquer lugar. Vai dentro da bolsa, no ônibus, fica perto de dinheiro. O celular acabou sendo anexo do corpo, as pessoas usam para várias coisas, dormem, acordam, vão ao banheiro, comem”, afirma Maria Lucimar Fernandes de Souza, enfermeira do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, da Maternidade Escola Dr. Mário M. A. Silva.

Na UTI neonatal do hospital público, mães, pais e funcionários até podem estar com o celular. Usar, não. Havendo mesmo a necessidade de usar o celular, a ordem é sair para o corredor, usar o aparelho, guardá-lo e fazer de novo a higienização das mãos antes de ter contato com os bebês.

Um folheto educativo cita um estudo internacional que encontrou contaminação por microrganismos em 94% dos celulares. Testes feitos no laboratório de uma universidade paulista confirmam: os aparelhos costumam apresentar em torno de dez microrganismos diferentes: bactérias do aparelho respiratório, da pele e até do intestino. Fora os fungos.

O professor de Imunologia e Saúde Pública da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Jan Carlo Delorenzi, explica que todos esses microrganismos estão presentes no nosso corpo, cada um em seu lugar, e não trazem problemas. Mas misturados, nas mãos, e espalhados em um hospital são muito perigosos, principalmente para os bebês: “O sistema imune dele não é maduro o suficiente para lidar com essas bactérias e patógenos. Depende do tipo de bactéria que vai causar a doença, mas pode causar uma diarreia que leve a uma desidratação severa e morte. Pode ter infecção respiratória, pneumonia complicada e levar ao óbito”.

Confira a reportagem completa do Jornal Hoje aqui.

Fonte da notícia: G1 (notícia original publicada em 16/02/17)
(Foto: Reprodução)

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