Um exame de sangue realizado no segundo trimestre da gravidez pode prever mais de 80% dos nascimentos prematuros. A descoberta é de pesquisadores da Brigham Young University (BYU), nos Estados Unidos.
O método de avaliação mede as moléculas naturais que estão presentes no sangue das mulheres para verificar se é possível identificar pequenos frações de proteínas que estão em níveis diferentes em mulheres que passam a ter esta complicação.
Resultados do estudo apresentam 3 marcadores que, em combinação com algumas outras proteínas, podem sinalizar o risco de parto prematuro. De acordo com os pesquisadores, isso é feito olhando apenas uma gota de sangue da mãe na 24ª semana de gravidez.
Neste estudo, os pesquisadores testaram o método em amostras de sangue de 80 mulheres que tiveram duração normal da gravidez e 80 mulheres cujos bebês eram prematuros.
Saber que a gestação é de alto risco para parto prematuro é uma grande vantagem para a mãe quando se trata de decisões sobre suas atividades diárias e até sobre viagens. O pesquisador Sean Esplin observa ainda que um tratamento hormonal pode ajudar a manter o bebê um pouco mais no útero materno.
"No nascimento prematuro, se pudermos até mesmo prolongar a gravidez por uma ou duas semanas, poderíamos ter um impacto muito grande no número de bebês que sobrevivem e se certificar de que aqueles que sobrevivem são saudáveis", afirmou Esplin. "Com apenas uma intervenção, nós poderíamos ter um impacto muito grande."
O método para predizer o parto prematuro é patenteado pela BYU e a Universidade de Utah, e foi licenciada para uma empresa chamada Sera prognósticos.
A empresa espera ter um teste de diagnóstico no mercado no primeiro semestre de 2012.
Fonte: Biotec.org.br (20/04/11)