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21.07.2015

Estudo mostra que estresse na infância pode estar relacionado ao parto prematuro


Notícia original publicada em 19 de julho de 2015.

[caption id="attachment_15980" align="alignleft" width="300"]Problemas nos primeiros anos de vida podem impactar na vida da mulher a longo prazo, inclusive durante a gravidez. (Foto: Shutterstock) Problemas nos primeiros anos de vida podem impactar na vida da mulher a longo prazo, inclusive durante a gravidez. (Foto: Shutterstock)[/caption]

Xingamentos, irritabilidade, dificuldade para dormir, hiperatividade e ansiedade são sinais de estresse entre as crianças. Mesmo que se resolva esse problema na infância, o distúrbio pode voltar a se manifestar, e de uma forma um tanto quanto surpreendente.

David Olson é um pesquisador canadense que, há anos, estuda os efeitos negativos do estresse crônico. Em seu novo levantamento, realizado juntamente com uma equipe da Universidade de Alberta, no Canadá, o professor de ginecologia e obstetrícia estudou como o problema — mesmo quando manifestado na infância — pode prejudicar a saúde das mulheres anos depois. Segundo Olson, o estresse pode estar relacionado até mesmo ao parto prematuro.

Os resultados foram publicados na revista BMC Medicine.

— O estresse, em geral, é um importante fator para o parto prematuro. Entretanto, mulheres expostas a duas ou mais experiências adversas durante a fase de crescimento podem apresentar ainda mais riscos de darem à luz um bebê prematuro
— afirma o especialista.

O estudo foi realizado com mais de 200 mulheres da região de Edmonton, cidade canadense. Destas, um terço tiveram parto prematuro. Todas as participantes foram submetidas a um questionário sobre os níveis de estresse em diferentes fases da vida, além de terem relatado suas experiências e comportamentos pessoais.

As conclusões sugerem que a maioria dos problemas comportamentais surgiram antes dos 18 anos e que essas adversidades podem ter impactado, mesmo que a longo prazo, a saúde das mulheres, incluindo a gestação. Os pesquisadores acreditam que as entrevistas médicas nas consultas pré-natais podem esclarecer melhor a relação entre problemas na infância de saúde e possíveis risco com o bebê.

— Ao saber que há risco, a mulher já pode adotar medidas simples de prevenção antes da gravidez — explica Olson.

Embora esses resultados abram caminho para a compreensão do nascimento prematuro, mais respostas ainda são necessárias. A ideia da equipe, agora, é explorar se recordar momentos ruins, vividos anos atrás, também pode impactar a saúde da mulher.

Cerca de 15 milhões de crianças nascem prematuras por ano, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS). A prematuridade é a principal causa de morte de crianças com menos de cinco anos de idade. Os bebês que sobrevivem ao nascimento prematuro também apresentam mais riscos de desenvolver, futuramente, doenças pulmonares, cardiovasculares e metabólicas — como diabetes —, além de problemas cognitivos e comportamentais.

Fonte: Zero Hora

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