Entre na onda
(e surfe na piscina de bolinhas)
Suje tua roupa
(já que sujeira é cicatriz de bons momentos)
Dê risada sem motivo
(pois a graça está no simples respirar)
Lambuze o rosto com papinha
(e faça aviõezinhos barulhentos)
Brinque de boneca e de carrinho
(pq preconceito de gênero não é o melhor ensinamento)
Beije e abrace
(espalhando carinho pelo mundo)
Auxilie no dever de casa
(para demonstrar que ‘tamo junto!’)
Faça o ‘tetêzinho’ na madruga
(aproveitando o silêncio para reverenciar tua obra-prima)
Leve ao posto para vacinar
(com o mesmo entusiasmo de um passeio ao parque de diversões)
Jogue-se ao chão
(e role bastantão, tipo assim ó… blulblublublublublublu..)
Diga que ama
(e compartilhe o contagiante e indispensável amor)
Faça cabaninha
(com cineminha de celular e tudo)
Transforme-se em um cavalinho
(e saia pulando e relinchando pelo quintal)
Assista desenhos
(na sala, debaixo do cobertor, com bolacha e café com leite)
Ouça com atenção
(e aprenda)
Peça desculpas
(pq errar é humano)
Fale sobre sexo e drogas
(no momento em que julgar adequado – mas NÃO deixe de falar!)
Enfim…
A vida nos proporciona pequenos (e valiosos) instantes, mas geralmente não desfrutamos metade deles devido a prática do ‘reclamar de tudo mais do que agradecer’, não é mesmo?
Que tal se HOJE você se permitir sorrir mais e chorar menos?
Uma criança sim é capaz de nos auxiliar nessa árdua tarefa, e olha, garanto que vale a pena tentar!
Viaje na deliciosa fantasia que é ter um filho, uma filha ou os dois, ou três ou mais, ou sobrinhos, ou enteados, ou afilhados… ai ai…
Lembre-se de que sempre haverá espaço para o amor, desde que estejamos dispostos a nos entregar de corpo e alma!
por Fernando Guifer, jornalista e pai da prematurinha Laís (FernandoGuifer.com.br)