Complemento o título do post: ... na falta de leite materno!
Todos sabemos da importância do aleitamento materno para todos os bebês, prematuros ou não. Porém, por "n" motivos, nem sempre as mães dos prematurinhos conseguem amamentar exclusivamente, ou então amamentam mas complementam com mamadeira. Geralmente o que eles recebem durante sua internação na UTI são fórmulas específicas para premarturos, com mais calorias e enriquecidas de alguns nutrientes das quais eles mais precisam.
Bem, com relação ao uso de fórmulas para prematuros, olhem que achado interessante e instigante deste estudo Chileno. Para rever conceitos...
Espanha - 08/08/11
"Um novo estudo sugere que oferecer aos prematuros de muito baixo peso ao nascer fórmulas infantis específicas para prematuros por pelo menos 6 meses, ao invés de fazê-lo somente durante a internação na UTI Neonatal, ajudaria a melhorar o perfil metabólico desses bebês.
"Acreditamos que nossos resultados são significativos para respaldar o conceito de que as práticas de alimentação no período neonatal têm importantes consequências sobre a saúde a longo prazo", concluem os pesquisadores no Journal of Pediatrics.
Especialistas indicam que suas descobertas também acrescentam evidências de que oferecer fórmulas enriquecidas de certos nutrientes após a alta hospitalar resultaria num crescimento mais rápido, sem aumento da gordura corporal.
Fonte: whatisthetrend.ne |
Bebês prematuros de muito baixo peso que sobrevivem são propensos a desenvolver doenças crônicas como obesidade e resistência à insulina, diz a Dra. Veronica Mericq, da Universidade do Chile, em Santiago.O objetivo da nutrição precoce é reduzir a incidência de restrições de crescimento, limitando conseqüências indesejadas para a saúde.
"Evitar efeitos adversos do crescimento precoce e rápido sobre a composição corporal em crianças de muito baixo peso é uma meta importante quando se desenvolve uma dieta", dizem os pesquisadores.
A equipe analisou se o uso prolongado de fórmulas enriquecidas poderia aumentar a tendência a uma composição corporal alterada (por exemplo, o aumento da adiposidade) e aumento dos níveis de insulina em jejum.
Os pesquisadores estudaram 185 recém-nascidos prematuros com idade gestacional inferior a 32 semanas ou com peso inferior a 1.500 gramas. Noventa e cinco foram alimentados com fórmula para prematuros por pelo menos 6 meses e outros 87 apenas durante a sua estadia na UTI Neonatal.
Todas as fórmulas para prematuros ofereciam mais ácidos graxos essencias, calorias totais, proteínas, vitaminas e minerais do que a fórmula para bebês a termo.
No início, as crianças de ambos os grupos se equipararam com relação ao peso e comprimento ao nascer, perímetro cefálico, idade gestacional, sexo, percentual de peso ao nascer inferior a 1kg e porcentagem de nascimento pequeno para a idade gestacional (PIG).
Mas aos 24 meses, os bebês prematuros alimentados com fórmula para prematuros até os 6 meses apresentavam menor massa de gordura total quando comparadas com as crianças que receberam fórmula especial somente no hospital (19,3% em comparação com 21,7%). Eles também apresentaram menor gordura na região do tronco aos 12 e aos 24 meses.
"O interessante é que essas mudanças não foram acompanhadas por mudanças na densidade óssea, conteúdo mineral ósseo e massa corporal magra", disse a equipe. Não houve diferença entre os grupos para esses parâmetros aos 12 ou 24 meses.
O grupo alimentado com uma fórmula para prematuro após a alta hospitalar também apresentou níveis mais baixos de insulina em jejum aos 12 e 24 meses, confirmando a observação da redução de gordura corporal naqueles bebês.
"Os resultados deste estudo são importantes para a avaliação do impacto de uma intervenção nutricional com uso prolongado de fórmulas para prematuridade e seus efeitos significativos sobre a composição corporal e insulina de jejum, que tem importante papel para o risco de problemas de saúde a longo prazo ", disse Mericq a Reuters Health.
No entanto, ela disse que é necessário acompanhar estas crianças a longo prazo para confirmar se essas diferenças na dieta durante o primeiro ano de vida impactarão positivamente na composição corporal e na sensibilidade a insulina."
Fonte: http://www.publico.es/390660/formula-para-prematuros-tiene-beneficios-mas-alla-de-internacion