Hoje, dia 13 de outubro é o Dia Nacional do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional! Para comemorar, compartilhamos as histórias da fisioterapeuta Mariane Kunzler e da terapeuta ocupacional Hellen Delchova, que, com muita dedicação, cuidam de seus pacientes.
“Como toda a menina, sempre gostei muito de brincar de bonecas, cuidar e dar carinho. E foi assim que escolhi e senti que queria um dia ser mãe. Aos poucos, fui crescendo e precisava escolher o que seguir na minha vida profissional. Tinha apenas uma certeza: seria algo que me permitisse conviver com crianças.
Quando tinha 16 anos, assisti na televisão uma reportagem sobre inclusão. Nesta reportagem, uma fisioterapeuta contava sobre seu projeto e trabalho com crianças portadoras de síndrome de Down. Achei interessante e lindo o que aquela profissional estava fazendo, o olhar e sorriso daquelas crianças me encantaram. Meu cunhado também é fisioterapeuta, e comecei então a conversar mais com ele e me informar sobre a profissão, e quanto mais pesquisava, mais gostava da possibilidade de através das minhas mãos transmitir cuidado e carinho.
Ingressei na faculdade em 2006. Desde o início, o meu maior interesse era nas cadeiras de neuro, psicomotricidade e tudo que envolvesse a possibilidade de trabalhar com crianças. Por um ano e meio, realizei estágio curricular no Hospital Santo Antônio – Complexo Hospitalar Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. Concluindo a faculdade, comecei Pós-Graduação no Hospital Moinhos de Vento, e mesmo conhecendo a UTI Neonatal somente através de um corredor com vidro para as salas de internação, me apaixonei pelo “mini-mundo”. A partir daí, comecei a busca pela oportunidade de trabalhar em uma UTI Neonatal, e como sempre disse, onde a vida começa. Foi então que em 2013 trabalhando no Hospital Mãe de Deus, tive a oportunidade de fazer um treinamento na UTIN do hospital, onde tive a alegria de conhecer uma fisioterapeuta, Patrícia, ela despertou ainda mais a vontade de trabalhar com esse mundo mágico. Ela gostou do meu trabalho e me convidou para trabalhar na UTI Neonatal do Hospital Universitário – Canoas.
Lá foi minha grande primeira escola e foi a Pati que plantou em mim a verdadeira essência da importância da fisioterapia na vida daqueles bebês. Não é só um posicionamento, não é só um manuseio, não é só mais um paciente. É uma nova vida lutando para estar ali se desenvolvendo, e nós, fisioterapeutas, estamos ali para auxiliar, organizar aquela “perninha” que insiste em ficar fora do ninho, aquele CPAP que não para no nariz, ou simplesmente estar ali dizendo que vai ficar tudo bem, através de mãos que proporcionam toque firme, que alongam, que fazem um carinho direcionado, por que precisamos ajudar aquela musculatura que ainda é tão hipotônica.
O que o dia do fisioterapeuta significa para mim? Significa conquista, realização de um sonho. Precisamos de tecnologia, sim. Sem dúvida ela é nossa aliada, mas pensar que através das minhas mãos, de um simples toque eu consigo acalmar, organizar e favorecer uma respiração e um movimento. Saber que através do nosso estímulo e do nosso cuidado, proporcionamos a eles maior qualidade de vida, vale qualquer esforço, qualquer desafio. Afinal, eu trabalho onde a VIDA começa, presencio milagres todos os dias, e tenho a honra e o prazer de conhecer famílias guerreiras e especiais. Alta complexidade e Extremo Amor, esse é o lema da UTI Neonatal do Hospital Moinhos de Vento HMV, onde atuo há 6 anos."
por Mariane Kunzler, fisioterapeuta
“Hoje é o dia da profissão que me escolheu (ou eu que escolhi?), que ainda é tão desconhecida (mesmo existindo há mais de 100 anos) e que é fundamental no processo de reabilitação de qualquer pessoa em qualquer contexto.
Há quase 8 anos, tenho muito orgulho de dizer "Sou TERAPEUTA OCUPACIONAL". Podem desconhecer, achar o nome difícil, me perguntar (até hoje) o que é, o que eu faço, mas meus pacientes sabem o que eu faço, e sabem muito bem. Isso para mim basta.
Na UTI neonatal, percebo diariamente o quanto essa profissão é capaz de trazer leveza a este ambiente. Afinal, nem só de tecnologia vive a UTI! Cor, criatividade, humanização e acolhimento são algumas de nossas marcas. Bebês, mães, pais, irmãos, avós e toda rede de apoio é alvo da intervenção, afinal o contexto do paciente para nós é fundamental.
Infelizmente, ainda não estamos em todas as UTIs, mas acredito piamente que um dia todos perceberão a potência do nosso trabalho e farão questão da nossa presença nesse ambiente. Enquanto a maior parte da equipe se esforça para salvar a vida do paciente, nosso objetivo é oferecer qualidade de vida, inclusive após a alta hospitalar nos programas de follow-up e estimulação precoce, essenciais para o desenvolvimento neuropsicomotor do bebê. Eu acredito no meu trabalho, acredito no que faço! Amo minha profissão e não trocaria por nenhuma outra.
Parabéns meus colegas! Parabéns por suportar tudo que suportamos dia a dia, nesta luta que é ser TERAPEUTA OCUPACIONAL DE VERDADE”.
por Hellen Delchova, terapeuta ocupacional
Parabéns aos profissionais da área!
Obrigado por trabalharem diariamente com tanto amor, carinho, dedicação e paciência na reabilitação e dando uma qualidade de vida melhor aos pacientes.