Em 17 de novembro, é celebrado o ‘Dia Mundial da Prematuridade’ com objetivo de sensibilizar a população para a problemática dos bebês que nascem prematuros.

Em 17 de novembro é celebrado o ‘Dia Mundial da Prematuridade’ com o objetivo de alertar a população sobre o nascimento de bebês antes das 37 semanas, de modo a promover a reflexão a respeito da prevenção e assistência neonatal. De acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), a cada dez minutos seis bebês nascem de forma prematura no Brasil.

Campo Grande conta com três hospitais públicos e um privado com leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), segundo a Secretaria Estadual de Saúde. Ao todo, são 123 leitos neonatais disponíveis. Atualmente, na Santa Casa a taxa de ocupação é de 73%.

Já no Hospital Universitário são seis leitos na UTI neonatal e 10 na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais. Hoje, todos estão ocupados. No hospital, a média de internação é de 14 dias. Porém, já houve casos de bebês prematuras que ficaram cinco meses internados.

“Todo bebê prematuro requer uma série de cuidados, principalmente quando ele vai para casa, porque ele já é um bebê que pode desenvolver qualquer risco. Aqui, o nosso cuidado é voltado para deixar o bebê em segurança e preparar essa mãe e esse bebê para ir para casa com segurança”, explica a enfermeira neonatal, Roberta Minatel Garbelini.

O Enzo nasceu com 29 semanas, ou seja, sete meses. Há três meses ele está internado no hospital. “No começo eu só chorava”, lembra a técnica de enfermagem e mãe de Enzo, Tiarlene Duarte Sanabre.

“A equipe é atenciosa, sempre conversam comigo, explicando. O coração vai acalmando”, diz.

A assistente de educação infantil Nathanna Portilho engravidou durante o auge da pandemia de Covid-19. Mesmo realizando o Pré-natal à risca, a mulher teve pressão alta e precisou ficar internada durante os últimos meses da gravidez. O pequeno Diego nasceu de sete meses, em dezembro de 2021.

“Ele nasceu com 1,8kg, só que como eu tinha pegado uma infecção dentro do hospital, ele nasceu com um sangramento no estômago”, relata Nathanna.

O bebê precisou de um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas não havia vaga. Para a família, foram dias de muita apreensão. “Eu estava internada, esperando a recuperação, porque [os médicos] tinham que ter certeza que os meus órgãos tinham voltado a funcionar e eu não podia ficar com o meu filho. Eu tinha horário de visita e eram 30 minutos que eu podia ficar com ele. Foi bem difícil”, relata.

Fonte: G1