O contato pele a pele entre pais e bebês prematuros tem um impacto positivo para ambos aumentando os níveis de ocitocina, hormônio relacionado ao vínculo materno, e diminuindo a quantidade de cortisol, ligado ao estresse, de acordo com estudo da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos.
Segundo os pesquisadores, o contato direto ainda na UTI neonatal pode ajudar a diminuir o risco de atrasos de desenvolvimento neurológicos relacionados a prematuridade. “O toque dos pais, especialmente durante o contato pele a pele, tem o potencial de reduzir as consequências adversas”, escreveram os pesquisadores no artigo publicado pela Associação Nacional de Enfermeiros Neonatais dos EUA. “Nossos resultados mostram o impacto tranquilizador e benéfico que o contato pele a pele tem para pais e recém-nascidos”.
O estudo coletou amostras de saliva de 28 bebês prematuros, nascidos em média na 33ª semana de gestação, e de seus pais, enquanto os pequenos recebiam cuidados na UTI Neonatal. Apesar de precisarem de atenção especial, o quadro de saúde de todos os bebês se manteve estável até receberem alta. Os testes serviram para revelar os níveis de hormônios dos participantes antes e depois do contato pele a pele.
“As mudanças nos níveis de ocitocina e cortisol fornecem um suporte robusto para defender o aumento do contato pele a pele durante a infância, especialmente para prematuros na Uti Neonatal”, escrevem os pesquisadores. “A ocitocina facilita a sensibilidade social e a conexão necessária para desenvolver relacionamentos. Já um nível menor de cortisol pode contribuir para o aumento do engajamento parental”.
Fonte: Revista Crescer (notícia original publicada em 23/10/18).
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