ONG Prematuridade.com explica os principais pontos envolvendo os nascimentos prematuros.
O mês de fevereiro é marcado pela campanha “Fevereiro Safira – Primeiros mil dias: pelo futuro das crianças”, que tem o objetivo de conscientizar a comunidade médica e a população sobre a importância dos cuidados com o bebê nessa fase, que compreende os 270 dias de gestação somados aos dois primeiros anos de vida, período fundamental para que a criança possa atingir o seu potencial máximo de crescimento e desenvolvimento.
O termo é decorrente de uma série de estudos publicados na revista de medicina inglesa Lancet, entre 2008 e 2013, que analisou os primeiros mil dias do ciclo de vida, demonstrando que o cuidado já se inicia com a mãe durante a gravidez até o segundo aniversário da criança.
Nos casos de nascimentos prematuros - principal causa global da mortalidade infantil antes dos 5 anos de idade e que tem o Brasil na 10ª colocação no ranking mundial de partos desse tipo, alguns cuidados a mais são exigidos e podem oferecer alguns riscos à saúde do recém-nascido, que normalmente precisa ficar internado por um período para que possa receber o suporte necessário e ganhar peso.
A prematuridade é dividida em três classificações, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS): Extremamente prematuro, quando o parto acontece com menos de 28 semanas de gestação; Muito prematuro, de 28 a 32 semanas de gestação; e Prematuro moderado a tardio: 32 a 37 semanas de gestação.
A diretora executiva da ONG Prematuridade.com, Denise Suguitani, ressalta que, primeiro de tudo, o acesso aos serviços de saúde de qualidade e acompanhamento pré-natal durante todo o período gestacional é fundamental na promoção da saúde materno-infantil e prevenção da prematuridade. “As consultas de pré-natal, além de acompanhar a saúde materna e fetal, o desenvolvimento gestacional e crescimento do bebê, também preparam a mulher e sua família para a maternidade e os cuidados com a criança”, fala.
Quando o nascimento do bebê é prematuro, a nutrição do recém-nascido é um dos principais desafios enfrentados nas UTI’s Neonatal e pelos familiares dessas crianças. “Os bebês pré-termo necessitam de cuidados especiais e, por mais complicada que a situação possa parecer, ações como o aleitamento materno, por exemplo, são possíveis”, ressalta Denise.
Em função da imaturidade do trato gastrointestinal desses bebês e da falta de reflexos de sucção e deglutição, eles podem precisar receber suas primeiras calorias por via intravenosa. Os prematuros muito extremos, que ainda não conseguem sugar, recebem água com glicose (soro) e, com o passar do tempo, vai-se acrescentando proteínas, gorduras, vitaminas e minerais aos fluidos que recebem através da veia, a chamada Nutrição Parenteral Total (NPT). “É imprescindível que seja iniciada ainda nas primeiras 24 horas de vida, período crítico de adaptação do prematuro. A Nutrição Parenteral salva vidas”, ressalta Denise.
Se o bebê já tiver maior maturidade gastrointestinal, a alimentação é iniciada através de uma sonda, um tubo flexível que é introduzido no nariz (nasogástrica) ou na boca (orogástrica) e chega ao estômago do bebê.
Aleitamento materno
Estudos mostram que o leite da mãe de prematuro apresenta um maior teor calórico, proteico, lipídio e de componentes imunológicos. “O leite materno da mãe prematura que teve um bebê com 29 semanas é diferente da que teve com 31 semanas ou da mãe que teve um bebê a termo, porém, todos esses leites são adequados às necessidades da criança”, pontua Denise.
Somente nos casos em que a produção do leite materno se torna insuficiente e não é possível oferecer leite humano de bancos de leite, é que se torna necessário recorrer a leites artificiais. Atualmente, existem fórmulas lácteas destinadas para os prematuros, que são reforçadas com calorias e nutrientes para que correspondam às exigências nutricionais no período de crescimento rápido desses bebês.
“O estímulo ao aleitamento materno na UTI pode ser mais complicado, mas é possível, sim, amamentar o prematuro. A melhor dieta sempre será o leite da mãe. No caso dos bebês prematuros, é algo que requer mais paciência, mas é importante que as equipes dos hospitais orientem e estimulem as mães, sem pressioná-las demais, pois o aleitamento materno vale ouro”, salienta a diretora-executiva da ONG Prematuridade.com.
Vacinação
Outro cuidado de extrema importância refere-se à vacinação. “A vacinação é fundamental em qualquer circunstância, sobretudo para os prematuros, que são mais suscetíveis à doenças e infecções. Os bebês prematuros inspiram cuidados especiais, pois costumam apresentar baixa imunidade e sistema respiratório mais frágil", destaca Denise.
Uma particularidade da vacinação dos prematuros é o uso de vacinas acelulares, que oferecem proteção para mais de uma doença com a aplicação de uma única injeção. Há duas vacinas que entram nessa categoria: a pentavalente e a hexavalente acelulares. A primeira protege contra cinco tipos de doenças (difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza B e hepatite B). Já a segunda, contra seis (difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza B, hepatite B, contando ainda com a vip - a vacina inativada da poliomielite).
A vice-diretora executiva da ONG Prematuridade.com, Aline Hennemann, lembra que, para proteger o bebê, não apenas ele precisa estar com as vacinas em dia, mas também todas as pessoas de sua convivência. "É fundamental que pais, avós, tios, enfim, todos que estão próximos ao bebê também estejam imunizados, para garantir proteção integral à saúde do pequeno.”
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