Leovani Vera, que pesava apenas 410 gramas ao nascer, era tão pequeno que a aliança de casamento de seu pai cabia em seu pulso como uma pulseira. “Ele é meu milagre e estou muito feliz em poder dizer que ele é um menino de um ano feliz e saudável”, diz a mãe.
Um bebê resiliente desafiou todas as expectativas ao comemorar seu primeiro aniversário após nascer prematuro com apenas 27 semanas - pesando o equivalente a uma latinha. Leovani Vera, que pesava apenas 410 gramas ao nascer, era tão pequeno que a aliança de casamento de seu pai cabia em seu pulso como uma pulseira. Após passar um terço de ano na UTI Neonatal, o bebê conseguiu sobreviver.
Agora, 12 meses depois e pesando 6,5 quilos normais e saudáveis, Leovani acaba de comemorar seu aniversário, algo que sua família temia nunca ver. Sua mãe, Isabel, de 32 anos, compartilhou com o site australiano Kidspot que Leovani era como um "milagre" quando nasceu, mas ela estava preocupada que ele não pudesse se desenvolver. "Eu mal saí do lado dele quando ele nasceu, e mesmo em casa, eu continuava checando a câmera para garantir que ele estava bem no hospital. Leovani é meu milagre e estou muito feliz em poder dizer que ele é um menino de um ano feliz e saudável.”
Isabel, do Texas, nos Estados Unidos, percebeu uma desaceleração no crescimento de seu filho durante a gravidez. O bebê estava com restrição de crescimento e media cerca de cinco semanas a menos do que o previsto para a 20ª semana de gestação. Essa situação levantou preocupações sobre sua saúde, pois era incomum um bebê ser tão pequeno tão próximo do nascimento. Além disso, o fluxo sanguíneo de Isabel também era motivo de preocupação, pois dificultava a entrega de nutrientes para Leovani.
Após os médicos expressarem suas preocupações sobre o tamanho do bebê, Isabel começou a temer que seu filho pudesse morrer se seu crescimento não acelerasse logo. Durante uma consulta de acompanhamento em dezembro de 2022, ela também foi informada de que sua pressão arterial estava muito alta e havia risco de piorar se ela não desse à luz imediatamente.
Ela deu à luz Leovani naquele dia, que pesava apenas 410 gramas, mais ou menos o mesmo peso de uma latinha de refrigerante. Leovani passou cerca de 127 dias seguintes na UTIN e cerca de quatro meses no hospital, onde os médicos ficaram de olho nele para garantir que sua saúde e seu peso progredissem conforme o esperado.
"Leo estava mostrando um crescimento lento, então começamos a nos preocupar com a possibilidade de complicações no momento do nascimento", explicou ela. "Eu implorei aos médicos que fizessem o máximo possível e, quando ele finalmente nasceu, entrei em modo de sobrevivência. Eu simplesmente chorava e mal conseguia processar tudo o que estávamos passando. Durante seu tempo na UTIN, eu ia visitá-lo diariamente. Houve noites em que eu ficava tão tarde que acabava dormindo no carro ou na sala de espera, só não queria me afastar dele."
No início, Isabel estava preocupada em falar sobre o peso de seu bebê, com receio das reações das pessoas, mas depois de compartilhar sua história nas redes sociais, ela encontrou apoio em outras famílias que passaram pela mesma situação.
Agora, Leovani está em casa há 245 dias e seus pais celebram seus marcos de desenvolvimento, como aprender a engatinhar. Depois de se orgulharem tanto de seu progresso de saúde, Isabel considerou justo garantir que ele tivesse o aniversário de 1 ano que merecia, comemorando com a família mais próxima.
"Mantivemos a celebração pequena, apenas com familiares próximos, devido ao tempo frio. Tivemos um jantar encantador e um bolo em casa. A parte favorita dele foi o cupcake! Tive que tirar um pouco dele porque ele não parava de comer. Ver seu primeiro aniversário foi como fechar um ciclo para mim. Ele também teve uma segunda pequena comemoração em um restaurante e adorou estar cercado por todos os sons e luzes!"
A restrição de crescimento intrauterino (RCIU) é o termo usado para classificar bebês que, por alguma razão, não atingiram o tamanho esperado para a idade gestacional em que se encontram. As causas são placentárias, maternas ou genéticas. A principal é o déficit da passagem de nutrientes e oxigênio através da placenta, o que faz com que o bebê diminua o ritmo de crescimento ou até pare de crescer.
Doenças como hipertensão arterial, trombofilia, pré-eclâmpsia, lúpus, cardiopatias e problemas circulatórios tendem a afetar o transporte de nutrientes. Tal qual o uso de álcool, drogas e cigarro durante a gestação. A desnutrição materna, mais comum nos países em desenvolvimento, também é um dos fatores que levam à RCIU. “Rubéola, hepatites, toxoplasmose, citomegalovírus e outras infecções também podem interferir no desenvolvimento do bebê”, alerta Roberto Cardoso, do Femme Laboratório da Mulher (SP). Por último, síndromes e alterações cromossômicas também estão relacionados à condição.
Fonte: Crescer