

10 de Julho de 2025
Beatriz
A história da Beatriz é de fé e força de viver. Com apenas 17 dias de gravidez — sem nem imaginar que estava esperando um bebê — fui à dermatologista iniciar um tratamento para espinhas. Após os exames, no dia 24 de agosto, comecei a tomar medicamentos fortes, como Roacutan e Prednisona. Segui com o tratamento por 20 dias, até que meu corpo começou a dar sinais: os seios estavam inchados, eu me sentia muito cansada e minha menstruação estava atrasada, com pequenos escapes de sangue bem rosado.
No dia 20 de setembro, fiz dois testes de farmácia que deram positivo. Algumas horas depois, o exame de sangue confirmou: eu estava grávida. A partir dali, começou a luta. Os sangramentos aumentaram e veio o risco de aborto. Passei três meses inteiros em repouso absoluto — deitada, sem poder fazer esforço nenhum.
Quando finalmente fui liberada para fazer pequenas saídas, em janeiro, as dores voltaram, e o repouso total foi necessário novamente. No dia 23 de janeiro, meu tampão mucoso se rompeu e, no dia 6 de fevereiro, eu já estava com 3 centímetros de dilatação. Era preciso segurar a Beatriz o máximo de tempo possível.
No dia 7 de fevereiro, decidimos fazer a cerclagem — um procedimento particular para costurar o colo do útero — com apenas 25 semanas de gestação. Mas, após 10 dias, as dores voltaram com força. Fui internada novamente, vieram sangramentos, infecções e, então, com apenas 27 semanas de gestação, a minha pequena guerreira nasceu, pesando apenas 960 gramas.
Ficamos 83 dias na UTI, tendo algumas divergências, como sopro no coração, e lutamos até hoje com a displasia pulmonar. E aí começou a nossa batalha mais difícil: a UTI Neonatal.
Beatriz é prova viva de que milagres existem. Sua história é escrita com lágrimas, fé, força e amor. Cada batida do seu pequeno coração nos ensinou a nunca desistir, mesmo diante das maiores provações.