Notícias

Notícias

20.01.2014

Banco de Leite atende apenas 30% dos prematuros em Rio Preto


Notícia original publicada em 19 de janeiro de 2014.

[caption id="attachment_11012" align="alignright" width="300" caption="Foto: Reprodução/TV TEM"][/caption]

Os estoques do Banco de Leite de São José do Rio Preto (SP) estão tão baixos que apenas 30% dos bebês que nascem de forma prematura têm recebido o alimento. A luta dos profissionais de saúde é na busca de aumentar as doações. Nas cidades de Votuporanga (SP) e também de Araçatuba(SP) também há desfalque.

Neste ano, em Rio Preto, no mês de outubro, foram doados 145 litros de leite. Em novembro foram 107 litros de leite e em dezembro, até o momento foram doados apenas 72 litros de leite. Segundo a coordenadora do Banco, Silvana Aparecida Alves, a escassez vai fazer falta aos bebês que estão internados e dependem desse alimento.

Todos os bebês prematuros deveriam receber o leite materno, mas ele está em falta. No banco de leite, gavetas vazias e atualmente, apenas 30% dos recém-nascidos dos hospitais da cidade estão recebendo o alimento. “Se a cada mamada, a mãe coletar de 40 a 50 ml, no fim do dia ela terá quase meio litro e no fim de uma semana quase 3 litros para doação. O importante é coletar um pouco depois da mamada da criança”, afirma a enfermeira Silvana Aparecida Alves.

Neste período de festas e férias escolares muitas famílias viajam. O ritmo muda, as mães que amamentam têm menos tempo de parar para encher os vidros para doação. O que não muda é a necessidade de viver desses bebês. Por isso os funcionários do banco de leite vão até a casa das doadoras buscar o leite. Só é preciso armazenar no congelador a cada retirada.

As unidades recebem, pasteurizam e distribuem o leite doado para os bebês, além de orientar as mães sobre a produção de leite, que é muito importante para todos os recém-nascidos. Ele alimenta e protege o bebê contra diarréia, infecções respiratórias, diabetes e alergias.

Nos hospitais de Rio Preto, um bebê que nasce prematuro vai direto para UTI neonatal.  Sabe o que fará a diferença na recuperação desse bebê tão frágil? O leite materno. “Ele melhora a imunidade da criança, diminui índice de infecção, ganha mais peso, o intestino funciona melhor, e o desenvolvimento neurológico melhora bastante”, afirma Nedson Roberto Ramos, enfermeiro neonatologista.

Na UTI neonatal, os bebês são alimentados por sonda, mas, mesmo assim, eles recebem o leite materno. O alimento é completo e garante uma recuperação até três vezes mais rápida. Para sorte de um recém-nascido, a mãe Ana Flávia Neves passa horas sentada ao lado da estufa da filha, retirando o leite com a ajuda de uma ordenhadeira. Num dia, são várias mamadeiras cheias e depois de alimentar a filha, o leite ainda é suficiente para outros bebês. “Fico bem feliz porque como ela não está bebendo muito leite e eu tenho bastante, ajuda as outras crianças que estão aqui. Para mim não é nenhum sacrifício, pelo contrário, quanto mais eu tiro leite, mais eu tenho”, afirma a mãe.

Podem fazer a doação mulheres que não possuam nenhuma doença infectocontagiosa, não use medicamentos que passem pelo leite, e no caso de fumante, que faça o uso de menos de 10 cigarros por dia.

A doadora pode retirar o leite em sua residência. Para isso, são fornecidos frascos esterilizados pelo BLH, onde o leite permanecerá congelado, por no máximo 10 dias, até que um funcionário busque o leite nos dias combinados.

Segundo os médicos, não existem riscos de transmissão de doenças nesse processo de coleta e doação. Antes mesmo da ação, as doadoras passam por um processo de seleção onde é feito um controle rigoroso de qualidade físico-químico e bacteriológico do leite submetido a um processo de pasteurização.

Fonte: G1; G1

    Compartilhe esta notícia

    Histórias Reais

    Veja histórias por:

    Receba as novidades

    Assine nossa newsletter e fique por dentro de tudo que acontece no universo da prematuridade.