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30.12.2014

Alta tecnologia salva vida de bebês prematuros


Notícia original publicada em 22 de dezembro de 2014.

por Agência Sergipe

[caption id="attachment_15660" align="alignleft" width="300"]Foto: Thinkstock Além disso, o tratamento dos bebês envolve uma gama enorme de profissionais. (Foto: Thinkstock)[/caption]

Há pouco mais de um ano, nascia Thayonan Éricles Ávila após uma gravidez complicada e com a necessidade de uma cesariana aos sete meses. Desde então, o menino está internado na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MSNL), passando por uma série de cuidados para tratar de pneumonia, infecção urinária, hidrocefalia e de uma síndrome rara. A partir do adensamento tecnológico e do trabalho incessante dos profissionais da unidade, Thayonan está próximo de receber alta.

Para garantir o melhor atendimento aos recém-nascidos, a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin) conta com um excelente parque tecnológico. São monitores, respiradores, oxímetros, aparelhos para fototerapia, ultrassom e raio-x à beira do leito. “Tudo o que a Portaria 930, do Ministério da Saúde, preconiza para a abertura de um leito de Utin, nós temos com toda a modernidade necessária para o atendimento dos pacientes”, reforçou o superintendente da MNSL, Luiz Eduardo Correia.

Além disso, o tratamento dos bebês envolve uma gama enorme de profissionais, entre eles, neonatologista, enfermeiro, técnico de enfermagem, cardiopediatra, nefropediatra, otorrino, infectologista, neuroclínico, neurocirurgião, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, psicólogo, assistente social, geneticista, anestesista e cirurgião pediátrico.

“São diversas especialidades envolvidas no tratamento de um único bebê. Mesmo com as dificuldades enfrentadas, acredito que nenhuma UTI neonatal de Sergipe conte com o aporte tecnológico e com o número de profissionais envolvidos no tratamento que nós temos”, destacou Carline Rabelo, assessora técnica da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL) e neonatologista.

O custo da diária de cada bebê na Utin está em torno de R$ 1 mil. Diariamente, cerca de 40 recém-nascidos ficam internados somente neste setor da maternidade, representando um custo total pouco superior a R$40 mil por dia. Segundo a assessora técnica, o tempo de internação dos bebês gira em torno de três meses. “Quando o bebê nasce com menos de um quilo, ele passa, em média, três meses internado. A depender da patologia, pode passar ainda mais tempo. Temos casos de crianças que ficam mais de um ano sob nossos cuidados”, relatou Carline.

Na antiga Maternidade Hildete Falcão, eram apenas 16 leitos de Utin. Atualmente, a MNSL conta com 34 leitos, além de 25 de unidade semi-intensiva e 25 leitos de Unidade Neonatal Convencional (Ucinco). “Eu só tenho a agradecer por tudo o que esta equipe fez por mim e por meu filho. Em mais de um ano de convivência com os profissionais daqui, só posso elogiar tudo que fazem pelas crianças”, disse Marilene de Jesus, mãe de Thayonan Éricles.

Método Canguru

Uma das unidades intermediárias da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes adota o Método Mãe Canguru. O método consiste, principalmente, em aproximar os prematuros da mãe e familiares. Foi desenvolvido em maternidades colombianas e apresentou excelentes resultados. “Antes, os bebês ficam internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal até atingir os 2 kg ou 2,5 kg. Ao atingir este peso, eles iriam para uma unidade intermediária e, só então, teriam alta”, explica o médico obstetra Luiz Eduardo Correia, superintendente da MNSL.

Com o desenvolvimento do 'Mãe Canguru', os bebês saem mais rápido da Utin, apresentando peso de 1,3kg ou 1,5kg. “Além do perfil do bebê, também avaliamos o da mãe. Para participar do método, a mãe tem que estar apta a ficar na maternidade integralmente enquanto o filho estiver aqui”, lembrou Carline Rabelo.

A Nossa Senhora de Lourdes é a única maternidade em Sergipe certificada pelo Ministério da Saúde, pelo desenvolvimento do Projeto Mãe Canguru. Com a certificação, ocorrida em setembro deste ano, o método passou a receber R$ 90 mil reais por mês para implementação das técnicas, beneficiando recém-nascidos e parturientes.

A unidade de alta complexidade atende gestantes portadoras de patologias, como hipertensão, diabetes, cardiopatia e trabalho de parto prematuro. O espaço, gerenciado pela Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), também se destaca no atendimento às pessoas em situação de violência sexual, oferecendo acompanhamento individualizado e acolhimento feito por uma equipe multidisciplinar.

Fonte: Aqui Acontece

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