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15.05.2019

15 de maio – Dia Internacional de Sensibilização para o Método Canguru

Método diminui tempo de internação, reduz custos e fortalece o vínculo entre os pais e o bebê.


Tão importante quanto as tecnologias de assistência à vida das UTIs neonatais é a participação dos pais nos cuidados com o bebê prematuro, o leite materno e o contato pele a pele com a mãe ou o pai. Idealizado e implantado de forma pioneira por Edgar Rey Sanabria e Hector Martinez em 1979 na Colômbia, o Método Canguru visa dar alta precoce para recém-nascidos de baixo peso no caso de falta de incubadoras, infecções cruzadas, ausência de recursos tecnológicos, desmame precoce, altas taxas de mortalidade neonatal e abandono materno.


Essa metodologia de cuidado neonatal inclui o contato pele a pele entre a mãe e o recém-nascido de baixo peso, de forma crescente e pelo tempo que ambos entenderem ser prazeroso e suficiente. Só são considerados como “Método Canguru” os sistemas que permitem o contato precoce, realizado de maneira orientada, por livre escolha da família, de forma crescente, segura e acompanhada de suporte assistencial por uma equipe de saúde adequadamente treinada.


Implantada no Brasil pela primeira vez em 1991 no Hospital Guilherme Álvaro, de Santos (SP), essa metodologia se inicia no pré-natal da gestação de alto risco e continua durante a internação do recém-nascido prematuro na Unidade Neonatal, incluindo o acolhimento dos pais. É importante informá-los sobre todas as condições e rotinas do tratamento, dando a eles livre acesso à UTI e encorajando-os a tocar no bebê. Além disso, todos os estímulos ambientais prejudiciais, como ruídos, iluminação e odores devem ser minimizados ao máximo.
O bebê deve permanecer de maneira contínua com a mãe e a posição canguru, quando o bebê ligeiramente vestido, é ‘amarrado’ na posição vertical em contato com o peito do pai ou da mãe, devendo ser realizada o maior tempo possível. Os pais devem participar ativamente dos cuidados do prematuro e devem estar aptos a colocarem o bebê na posição canguru.


O método canguru continua mesmo depois que o bebê, ao atingir 1.600 gramas, receber alta hospitalar, devendo ser acompanhado, juntamente com a sua família, no ambulatório ou na própria casa até atingir 2.500 gramas. Dentre as inúmeras vantagens do método canguru estão o aumento do vínculo mãe-filho, a diminuição do tempo de internação e da prevalência de infecções hospitalares, o estímulo ao aleitamento materno e um melhor controle térmico.


Fernanda Peixoto Cordova, Consultora da Coordenação de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde do Método Canguru e na Estratégia QualiNEO e Chefe da Unidade Básica de Saúde do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, explica que em 2018, a Coordenação-Geral de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde, lançou o guia Método canguru: diretrizes do cuidado, onde encontramos as orientações para a rotina de cuidados ao recém-nascido em atenção às propostas contidas na Norma da Atenção Humanizada ao Recém nascido – Método Canguru.
“O guia apresenta as diretrizes que norteiam o trabalho das equipes em cada uma das três etapas de cuidado propostas pela Norma da Atenção Humanizada ao Recém Nascido – Método Canguru e, posteriormente, descreve as diretrizes propostas para diferentes rotinas de cuidados, como forma de fortalecer as atividades das equipes de saúde que utilizam os Cuidados Canguru para atendimento de recém-nascidos”, ressaltou Fernanda.


Para Aline Hennemann, enfermeira e vice-diretora executiva da ONG Prematuridade.com, “essa importante estratégia do método canguru traz não só a questão da posição canguru, mas também outras medidas como redução de ruídos, redução de luminosidade, manuseio mínimo e principalmente a presença dos pais dentro da UTI neonatal junto do seu bebê, realizando a posição canguru sempre que possível e principalmente estando ao lado dele em todos os momentos. Estudos mostram que a presença dos pais associada ao método canguru diminui de forma significativa o tempo de internação, o que melhora a qualidade de vida não só dos bebês, mas também de suas famílias”.

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