Notícia original publicada em 08 de novembro de 2013.
Por Ana Paula Machado, filha de Nirleide e Jonas
Todo bebê que nasce até a 37ª semana é considerado prematuro. O Brasil é o décimo país onde mais nascem bebês prematuros, o índice chega a 11,7% e é a principal causa de morte infantil no primeiro mês de vida, segundo o Ministério da Saúde.
Felizmente, a maioria dos bebês se desenvolve normalmente mesmo tendo nascido antes do tempo. Mas os cuidados precisam ser redobrados. O cérebro ainda está em fase de maturação, assim como os pulmões. Além disso, com a imunidade baixa, o bebê fica mais vulnerável.
Listamos dez situações que podem causar a prematuridade, mas que, se forem tratadas e controladas, não representam risco grave.
Hipertensão
Mesmo que sua pressão sempre tenha sido normal, ela pode se alterar durante a gravidez. Quando a máxima estiver acima de 140 e a mínima acima de 90, é motivo para preocupação e acompanhamento médico constante. Se controlada, não vai representar risco, e o seu filho vai nascer na hora certa. Além disso, outras doenças maternas que podem acarretar parto pré-termo são diabetes e problemas ligados à tireoide.
Prematuridade anterior
Gestantes que já tiveram outros casos de prematuridade têm três vezes mais chances de dar à luz a bebê prematuro novamente do que as mulheres que tiveram parto no tempo certo. Portanto, se este é o seu caso, fique atenta.
Malformação fetal
É o único fator que aparentemente vai determinar a prematuridade. E as complicações podem contribuir para um parto forçado antes do tempo.
Patologias do útero
Miomas, malformação uterina, colo do útero curto e problemas no colo do útero são algumas causas de prematuridade. Se a questão é o colo do útero curto, por exemplo, a musculatura não consegue conter a gestação. A ultrassonografia transvaginal é a melhor forma de prever o risco de um bebê prematuro. Em casos relacionados ao útero, o médico provavelmente irá pedir repouso absoluto. Leve a sério!
Infecções maternas
Uma infecção urinária pode até parecer simples, mas se não for tratada vai representar risco à gestação, assim como qualquer outra infecção vaginal. Além disso, as infecções sistêmicas (que afetam o organismo) são risco sério, que podem causar trabalho de parto prematuro.
Gestação de múltiplos
Hoje, com os tratamentos para engravidar, é mais fácil ficar grávida de não apenas dois, mas de três ou quatro embriões. É muito provável que a gravidez se antecipe. Para trigêmeos, por exemplo, a gestação é interrompida geralmente antes de 33 semanas.
Idade materna
Em geral, mulheres acima dos 35 anos já estão com a profissão estabelecida e, em muitos casos, ocupam cargos de alta responsabilidade. O estresse e os problemas do dia-a-dia estão associados ao baixo peso do bebê ou ao trabalho de parto prematuro. E as adolescentes, com útero imaturo e sem cuidados essenciais com a alimentação, também fazem parte do grupo de risco à prematuridade.
Incidência alta de cesariana
Com o parto programado, existe o risco de erro na hora de contar a idade gestacional. Qualquer erro pode fazer os médicos tirarem o seu bebê ainda prematuro de dentro da barriga. Hoje, no Brasil, o número de cesáreas está acima de 35%, enquanto a Organização Mundial da Saúde considera 15% o máximo.
Posicionamento da placenta
Em alguns casos, a placenta, em vez de estar inserida na parede do útero, fica em cima do colo do útero. Isso pode levar ao sangramento e, então, ao parto prematuro.
Pré-natal malfeito
O ponto crucial para evitar a prematuridade é um bom acompanhamento médico. É nesta fase que é possível identificar os problemas que podem levar ao parto pré-termo. O mínimo são cinco consultas e dois exames de ultrassom, mas o ideal é um acompanhamento mensal.
Consultoria:
Heron Werner, pai de Enzo, ginecologista obstetra do laboratório Alta Excelência Diagnóstica.
Jorge Huberman, filho de Davi e Raquel, neonatologista e pediatra.
Marcelo Santucci, pai de Gabriela e Vinícius, assessor médico da Medicina Fetal do Fleury Medicina e Saúde.
Fonte: Revista Pais & Filhos