04 de Dezembro de 2014

Thiago Henrique: um guerreirinho que deixou saudade


thiagohenriquecomlogo8“Olá! Vim aqui contar um pouco da minha história para vocês.

Eu tenho tenho 20 anos e sempre fui louca para ser mãe. Tentei durante nove meses engravidar, até que, em março do ano passado, o meu tão sonhado positivo veio. Fiquei radiante de felicidade!

Com 29 semanas de gestação, veio o susto: a minha bolsa rompeu e fui para o hospital. Chegando lá, eu estava com 2 centímetros de dilatação, aí tiveram que me internar. Eu não estava sentindo nada. Na terça-feira, dia 15 de outubro, começaram as contrações. Verificaram que eu estava com 4 dedos de dilatação e me levaram para sala de parto. O meu filho, Thiago Henrique, nasceu com 29 semanas e 3 dias, pesando 1,340 kg, com 41 cm. Levaram-o já direto para o oxigênio e colocaram na incubadora.

Só pude ver o meu pequeno no outro dia. Quando fui vê-lo na UTI, não acreditava que isso estava acontecendo com o meu filho. Era tão pequeno, não achava que ele resistiria. Não gostava nem de ir lá vê-lo naquelas condições. Tinha medo de ir lá vê-lo e receber  uma má notícia.

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Dia 30 de outubro, a médica dele veio me falar que ele tinha que fazer uma cirurgia no coração. Naquela hora, pensei “Agora sim o meu filho não vai resistir”. Mas estava errada. O meu guereiro foi valente, correu tudo bem com ele. Ficou vários dias intubado, depois foi para o CPAP, ele teve hemorragia no pulmão, tiveram que colocar pneumotórax, fez 3 transfusões de sangue e teve pneumonia.

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Dia 2 de dezembro, o meu pequeno teve alta. Ficou dez dias em casa comigo, até que teve uma tosse. Levei duas vezes no hospital, os médicos falavam que não era nada, mandaram apenas fazer inalação com soro. Na quinta-feira, teve a consulta com a pediatra dele. Ela viu que ele não estava saturando bem. Tiveram que reinternar ele. Não acreditava que começaria tudo de novo. Ele estava precisando de pouco oxigênio.

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Na segunda, quando cheguei para o visitar, vi que tinha algo de errado com o meu filho. Vieram o examinar, notaram que os batimentos cardíacos estavam muito altos. Tiveram que intubar ele novamente. Fui embora aos prantos! Na terça, dia 17 de dezembro, ligaram para minha casa falando que o meu pequeno tinha piorado.

Fomos para lá correndo. Chegando lá, olhei em todos os berços e não via o meu filho. Pensei comigo: “Deve estar em outra sala já que ele piorou”. Realmente estava em outra sala, mas já sem vida. Quando ela veio me dar a notícia, não acreditava. Gritava igual uma louca. Falei que queria vê-lo e ela me levou. Peguei o meu filho no colo, pedia para ele acordar, abrir o olho... Não mais, o meu pequeno já tinha partido. Saí dali sem chão. Só queria ir embora dali. Pedia ao meu namorado para me levar embora, não queria mais saber de nada. Já se passaram 11 meses sem o meu Thiago Henrique. A saudade só aumenta... Mamãe sempre vai te amar, meu filho!”

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Mirele, mãe do Thiago Henrique

Responsabilidade do conteúdo por conta do autor, não reflete o posicionamento da ONG. Não nos responsabilizamos pela veracidade dos fatos.

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