13 de Julho de 2023

Sarah Cristina

No dia 28 de Outubro de 2015 eu descobri que estava grávida, meu marido e eu estávamos muito empolgados que nossa princesa estava a caminho. A previsão do parto era para o dia 26 de junho, mas no dia 10 de abril de 2016 estava na 28° semana de gestação e comecei a sentir muita contração. Descobri que estava entrando em trabalho de parto e não sabia. Os médicos fizeram de tudo para segurar a gestação por mais tempo, mas no final do dia minha guerreira decidiu nascer de parto normal com 9 cm de dilatação com 1.005 kg e 35 centímetros.

Ter alta do hospital sem seu filho é a pior sensação que já senti na minha vida, o que me confortava era saber que no hospital ela receberia todo o tratamento que precisava. Com os pulmões perfeitamente saudáveis e muito esperta, depois de 3 dias de internação, veio a notícia de que estava com meningite viral e que passaria por um tratamento de antibióticos. E a extração de licor da espinha para o resultado dos exames.

A cada dia era uma guerra, pois a cada grama que ela ganhava ao mesmo tempo ela perdia, tínhamos dias bons e dias não tão bons. Com 15 dias de internação eu já não aguentava essa gangorra e estava exausta, e descobri que estava com depressão mas tinha que lutar por ela. Com 30 dias de internação ela estava tratando da meningite, mas descobriram que ela tinha uma abertura no crânio que tinha que fechar para não dar danos neurológicos, 10 dias depois ela estava melhor.

Depois de 47 dias sofridos na UTI Neonatal, recebi uma das notícias mais maravilhosas da minha vida, ela ia ter alta e iria para o quarto fazer uma adaptação comigo. Ficamos 3 dias só eu e ela no quarto e naquele momento consegui sentir o que é ser mãe. Ela não conseguia mamar no peito pois não tinha força o suficiente, mesmo com os seios fartos abri mão da amamentação para o ganho de peso dela na mamadeira.

Ordenhar os próprios seios era uma tortura, doía muito e fazia feridas pois tinha que fazer manualmente. Por fim, no dia 29 de maio tivemos a tão sonhada alta, sai do hospital com ela nos braços e foi a realização do meu sonho que se tornava realidade, viemos para a casa e meu coração explodia de felicidade pois dias atrás chorava pela saúde dela e depois pela chegada dela em casa.

Hoje depois de 4 anos ela teve uma sequela no braço esquerdo de tanto que furaram ela, e minha filha venceu e está brilhando em nossas vidas. O nome dela é Sarah Cristina.

(Relato da mamãe Priscila enviado em 2021)

Responsabilidade do conteúdo por conta do autor, não reflete o posicionamento da ONG. Não nos responsabilizamos pela veracidade dos fatos.

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