25 de Janeiro de 2013

Raphaella Vitória, exemplo de superação

Agradeço à Patrícia e seu esposo pela paciência, aguardando essa publicação. Parabéns pela Raphinha, que ela tenha sempre muita saúde! Beijos, com carinho!

"Chamo-me Patricia e sou a mãe da Raphaella Vitoria. Ela recebeu esse nome por conta da superação que é a vida dela. Rafaela "Deus cura" e Vitoria, "pois, sem dúvida, é um exemplo de vontade de viver".

Gostaria muito de compartilhar com outras mães a minha história, para que também sirva de incentivo para todas as mulheres que têm seus anjinhos chegando antes da hora esperada. Só quem passa por uma experiência dessas sabe o real sentido da vida. Somos escolhidas por Deus, e temos que nos preparar às pressas para receber nosso milagre. Às vezes é difícil, mas nunca impossível. Temos de manter sempre a fé, acreditar no sobrenatural de Deus.

Minha história começa assim: no fim de 2011, descobri que estava grávida. Foi uma alegria só, pois vinha tentando engravidar, e nada! Somente depois que retirei um mioma no útero é que minha maior alegria pode ser gerada.

Minha gravidez, desde o início, foi complicada. Tive dois sangramentos muito intensos, um com 12 semanas e outro com 16. Cheguei a ouvir de um médico na emergência que provavelmente havia abortado e que deveria fazer uma ultrassonografia no dia seguinte para confirmar.

Meu chão se abriu, mas Deus falou comigo. Saí daquele hospital e fui até outra emergência, onde pude fazer uma ultrassonografia e constatar que minha filha ainda estava viva. Foi um alívio. Depois de poucas semanas, tive outro sangramento, com um fluxo de sangue maior ainda. Falei novamente com Deus, pedindo que não tirasse minha filha de mim (desde o início, sentia que era uma menina), que permitisse que eu fosse mãe! E mais uma vez Deus me ouviu!

Tive de adotar vários cuidados, tomei medicamentos e fiz repouso. Minha gravidez evoluiu comigo sentindo muito medo, confesso, de perdê-la a qualquer momento. Porém, confiante que Deus não faz a obra pela metade. Descobri que minha pressão estava alta, mas eu consegui controlá-la com medicamento. Tive muito incômodo na gravidez, mas meu médico não me afastou do trabalho porque todas as ultrassonografias que fazia apontavam que minha pressão estava influenciando o desenvolvimento da ‘Rafa’. Daí fiquei um pouco mais tranquila, relaxei!

Enfim, mesmo sabendo que tinha de tomar um cuidado maior com minha gravidez, exagerei um pouco, pois como sou muito ativa, quis organizar tudo sozinha! Acabei extrapolando um pouco. Minha princesinha decidiu nascer um dia depois do chá de bebê, no dia 6 de agosto. Minha princesinha chegou com 32 semanas. Nasceu com 1.995 gramas e 41 centímetros.

Foi tudo muito rápido. Raphaella chegou ao mundo de parto normal, pois quando cheguei ao hospital já estava com oito dedos de dilatação. Mas quase não senti dor. Ela nasceu em poucos minutos. Os médicos nem puderam me dar injeção para tentar fortalecer seu pulmãozinho. Ela Nasceu, dei um beijo e tirei uma fotinho, e ela já foi direto para a UTI.

Raphaella nasceu com um problema de má formação no coração, o que foi solucionado com medicamento. Ela ficou 13 dias entubada. Um dia depois de desentubada, ela teve apneia e precisou voltar para o tubo. Minha guerreira também passou por uma transfusão sanguínea, teve de operar o estômago com 24 dias (teve estenose de pilolo), chegou a pesar 1.640 Gr e ficou muito fragilizada. Mas consegui superar tudo isso, como uma verdadeira leonina, cheia de força.

Resumindo, foram 34 dias na UTI Neo, uns dias de alegria, outros nem tanto, mas sempre junto com minha família e amigos, acreditando que ela venceria.

Dentro daquela UTI, no hospital Pronto baby Tijuca, compartilhamos nossas histórias com outros pais e mães. Só quem vive uma experiência como essa sabe o quanto é importante essa troca de carinho. Ali dentro, éramos uma verdadeira família, todos torcendo um pelo outro.

Patrícia Cristina, mãe da Raphaella Vitória.