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22 de Janeiro de 2013
O pequeno Eduardo, uma alegria inesperada
Janaína, obrigada pelo carinho de sempre e por ser uma propagadora da causa prematura. Que o Dudu continue assim lindo e muito saudável. Beijo grande!
"Me chamo Janaína, tenho 36 anos e hoje tenho três filhos. Um menino de 19 anos, uma menina de 11 e meu bebezinho. Mas, antes dele nascer, eu não queria ter mais filhos. Só que isso a gente não escolhe, né?
Então em 2011 veio a notícia: eu estava grávida do meu terceiro filho. Chorei de desespero! Estava cheia de problemas pessoais, que eu achava serem problemas.
Eu estava acima do peso, meu marido com 49 anos se recuperava de um infarto, além de outros problemas que tinha em meu dia a dia. Enfim, não queria mais filhos. Só que já estava grávida e precisava aceitar isso. No fundo comecei a gostar de ver a barriga crescer e pensar que em breve chegaria a minha grande paixão!
No meu sexto mês perdi minha avó que morava comigo. Nós duas juntas, já havíamos enterrado minha querida mãe e meu pai. Enfim, perdi pessoas que amava demais.
O tempo passou e no sétimo mês eu acordei toda molhada. Chamei meu marido e pensei na hora: a bolsa rompeu. Quanta ingenuidade da minha parte, já que eu achava que iria para o hospital e ele nasceria tranquilamente. E foi aí que começou meu pesadelo.
Chegamos ao hospital e foi constatado que eu tinha a bolsa rota, ou seja, estava perdendo líquido amniótico devido a uma infecção não detectada. Fui internada e começaram a me dar muito soro, antibióticos e remédios para amadurecer o pulmão do bebê.
Oito dias depois minha pressão chegou a 18x12 e eu estava zerada de líquido. Meu bebê entrou em sofrimento, já ficava tão quietinho aqui dentro.
Correram para o centro cirúrgico para fazer uma cesariana de emergência. Nessa hora o médico me deu uma das piores notícias, dizendo para eu não esperar pelo bebê porque ele tinha poucas chances. Ele nasceria com 1 quilo, na 29ª semana de gestação, com um rítmo cardíaco muito lento e não choraria. Mas ele nasceu e CHOROU! Meu filho foi levado para a UTI Neonatal e eu não pude vê-lo naquele momento.
No dia seguinte levantei e fui até conhecer o meu bebê. Era tão pequeno, tão frágil. Nesse momento eu rezei, pedi muito a Deus para não tirá-lo de mim. Eu não queria mais filhos e achava que Deus estava me castigando por não querer tê-lo. Agora eu estava ali, implorando para que Deus não me tirasse ele.
Meu pequeno Eduardo teve hemorragia intracraniana grau I, diversas infecções, suspeita de cegueira em um olho, um pequeno problema no coração e suspeita de meningite.
Foram 40 dias internado. Dias em que eu pegava as roupinhas dele e chorava. Eu via as mães felizes com seus bebês na porta do hospital e eu saía sozinha, sempre triste. Mas, dia após dia, em meio a tantas dificuldades, ele foi lentamente ganhando peso e com dois quilos, finalmente pôde ter alta.
Hoje sou feliz novamente, mãe de um prematuro lutador, que está com sete meses e é minha alegria de viver. Pela minha história é que digo a todas as mamães de prematuros: tenham força e fé!"
Janaína, mãe do Eduardo.