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16 de Janeiro de 2014
O nascimento do lindo Silvio
“Olá, o meu nome é Mariane, tenho 29 anos, casada e mãe de um bebê, um lindo menino de quase 10 meses. Toda mulher quando está grávida, fica imaginando como será o rostinho, o chorinho... Descobri que estava grávida em junho de 2012. Tive uma gravidez calma e muito tranquila. O parto estava previsto para o dia 20 de fevereiro de 2013, mas não foi bem assim que aconteceu.
Era madrugada do dia 22 de janeiro de 2013 quando comecei a sentir as minhas primeiras contrações. Os intervalos estavam de hora em hora. Fui trabalhar mesmo com dores. Depois de um tempo, as dores passaram a ficar mais fortes. Pedi para ir embora, pois o meu bebê já estava querendo nascer. Fui para a minha casa, fiquei repousando e as contrações se tornavam cada vez mais fortes.
Pedi para o meu marido me levar para o hospital. Cheguei lá era mais ou menos 16h30min da tarde. Demorou meia hora para eu ser atendida. A médica me chamou, eu estava de 35 semanas e quase dois dedos de dilatação. Me encaminharam para a sala de pré-parto. Fiquei ali o restante da tarde. E as dores cada vez mais intensas.
Às 20h me levaram para sala de parto. Foram os dezesseis minutos mais longos da minha vida. Finalmente, o meu bebê nasceu, mas com um probleminha: ele não chorou. Imaginem o desespero. Eu ali, naquela sala de parto fria, cheia de dor depois de um parto normal, vendo o meu filho todo roxinho sendo intubado. Perguntei o porquê dele não estar chorando, o que estava acontecendo com o meu bebê, e as enfermeiras me falaram que ele iria para a UTI Neonatal, porque ele não estava conseguindo respirar por ser um bebê prematuro, e que naquele hospital não haveria vaga para o meu filho. Quase surtei, quando, de repente, uma outra enfermeira entra na sala correndo para avisar que vagou um leito para o meu neném. Silvio Filho nasceu pesando 2,571 kg, com 47 cm e 35 semanas.
Não cheguei a ver o meu filho direito, nem peguei ele no colo. Aconteceu tudo tão rápido. Eu só chorava. O obstetra que fez meu parto me consolava: “Não chora mãezinha, você precisa ficar bem, porque o seu neném precisa de você. Seja forte.” E, então, me levaram para o quarto. O meu marido chegou horas mais tarde, pois estava trabalhando e, assim que ele soube que o nosso neném nasceu, foi direto para o hospital. Ele foi ver como eu estava, porque a minha cunhada, irmã dele, estava comigo e já havia contado tudo o que estava acontecendo. Pedi para ele ir ver o nosso filho na UTI e que ele tirasse uma foto dele para eu ver, pois não havia o visto direito. E assim ele fez.
Ele foi lá, tirou foto, conversou com a pediatra sobre quais seriam as chances de vida do neném. A pediatra falou que ele estava respirando a metade por ele e a outra metade pelo aparelho e que o nosso filho estava bem. O meu marido voltou ao quarto e me mostrou a foto. Chorei vendo aquela imagem do meu filho intubado na incubadora. Naquela noite, não consegui dormir. Ficava o tempo todo falando com Deus: “Meu Deus, não leva o meu neném embora não. Ele é um presente do Senhor na minha vida. Não tira ele de mim não...”.
No dia seguinte, desci até a UTI para ver o meu filho, e, para a minha surpresa, ele não estava mais intubado, já estava respirando sozinho, mas ainda na incubadora. No terceiro dia, o meu filho havia ganhado alta da UTI e eu o levei para o quarto comigo. Finalmente pude pegar o meu bebê nos braços e amamentá-lo como sempre sonhei. Ficamos uma semana no hospital e, no dia 30 de janeiro, pude levar o meu filho para casa.
Hoje, dia 17 de novembro, ele é um garotão forte, mama no peito ainda e está pesando quase doze quilos. Ele é a minha vida, minha maior alegria e meu maior presente. Mamãe te ama muito!"
Mariane e Silvio, pais do Silvio Filho
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