14 de Novembro de 2013

O amado Miguel

“Planejamos a chegada do Miguel, mas fomos surpreendidos pela pré-eclâmpsia. Já tinha ouvido falar de bebês que nasceram antes do tempo, mas a história que eu soube não foi muito feliz. Pensei comigo: ‘Ainda bem que a minha pressão é 11/7’. Que nada. De repente, comecei a inchar e a pressão começou a subir, mas fingi para mim mesma que não, que daria tudo certo, que eu iria até o fim com a minha gravidez. A pressão subiu muito, e, por mais que eu tentasse, nada que eu fazia era o bastante. Permaneceu alta durante uns 20 dias.

Em um domingo, dia 8 de julho, fomos para o hospital e, quando chegamos lá, a minha pressão já estava 18 por alguma coisa que não me lembro. Fiz alguns exames de sangue e foi constatado que era hormonal. Não havia muito o que fazer, a não ser tentar controlar, porque ele ainda era muito pequeno para chegar. Então, um anjo que batalhou uma vaga para mim, perguntou se eu ficaria internada e percebi que se eu não fizesse o que era preciso, eu perderia o meu príncipe, então, topei ficar internada.

Durante dois dias não houve muito progresso no meu quadro, pelo contrário, já estava dando trabalho para ouvir o coração do Miguel. Na quarta-feira, dia 11 de julho, fiz um exame de ultrassom com Doppler, na qual foi constatado que o meu filho estava em sofrimento fetal. O bebê estava quase morto e o médico disse que não dava nem 3 dias de vida para ele dentro do meu ventre. Ele sugeriu que eu fizesse uma cesariana o mais rápido possível, pois o meu bebê pesava 1 quilo aproximadamente, mas aqui fora ele teria mais chance de viver. Então, a médica que estava cuidando de mim, propôs que fizéssemos a cesariana naquele mesmo dia.

Comecei o jejum e foram 9 horas de espera. O coração dele batendo cada vez mais fraco. Às 22h15min, o meu amor nasceu, com 30 semanas, pesando 900 gramas e 36 cm. Só o conheci no dia seguinte e confesso que não acreditei que ele fosse se salvar. Eram muitos aparelhos ligados a ele, tão pequeno e frágil, que eu nem sabia o que pensar. Foram muitas intercorrências, precisou tomar sangue várias vezes, ficou entubado 23 dias.

Sofremos muito, mas Deus mostrou seu poder, e me provou para mim, fraca de fé, que era vida. Depois de 75 dias de internação, o meu bebê teve alta pesando 1,960 kg, e, hoje, 11 de setembro de 2013, ele completa 1 ano e 2 meses de alegria e orgulho. Amo a história de vida do meu príncipe. Vivo a prematuridade dele todos os dias. A vitória vem, Deus é fiel.”


Rosimeire, mãe do Miguel

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