16 de Dezembro de 2013

Minha doce Lara

“Em junho de 2013, a minha gravidez transcorria bem, eu tinha acabado de fazer exames e a minha princesa Lara estava linda na minha barriga. Até que, no dia 25 de junho de 2013, acordei muito inchada e com a visão muito turva. Imaginando que fosse normal este inchaço devido a gravidez, resolvi ir trabalhar. Chegando ao trabalho, já não enxergava mais nada, a minha pressão estava muito alta. Eu já tinha pressão alta antes da gravidez, porém, estava controlada pelos remédios. Corri para o hospital com o meu marido. Chegando lá, a minha pressão tinha aumentado ainda mais e já me internaram na sala de pré-parto.

Após alguns exames, veio o diagnóstico: eu estava com uma doença chamada Síndrome de Hellp. Lembro bem das palavras do médico: “A sua bebê está ótima dentro da sua barriga, porém, você não está bem. O seu fígado e o rim podem parar a qualquer momento, além de você correr o risco de ter uma convulsão”. A partir deste diagnóstico, veio a notícia: “Vamos fazer o seu parto”. Eu estava com 30 semanas e 5 dias de gestação. Na hora chorei e fiquei apavorada, pois a minha bebê ainda não estava pronta para nascer. Consegui ainda tomar uma dose de corticóide para amadurecer o pulmão da minha princesa.

A minha Lara veio ao mundo no dia 26 de junho. Ela nasceu com 38 cm e 1,220 kg. Eu sonhava em ver o parto ao lado do meu marido, mas tudo foi muito rápido. A minha cesárea foi com anestesia geral, e o meu marido não pôde assistir ao parto. Fui direto para a UTI, pois a minha pressão não normalizava. Fui conhecer a minha filha somente 4 dias após o nascimento, quando recebi alta da UTI. A sensação foi única. Um misto de felicidade, medo, e, lógico,  chorei muito de emoção.

A minha princesa ficou 53 dias internada na UTI Neonatal. Na primeira semana de UTI, ela chegou a pesar 1,060 kg. Eu passava todos os dias no hospital, entre idas ao banco de leite para extração do leite que a minha filha recebia diretamente e, a todo momento, eu estava ao lado da minha bebê. Nestes dias, chorei muito, sorri muito, rezei muito. A Lara ficou intubada, passou pelo CPAP, cateter, sonda para se alimentar, teve uma infecção e ficou com anemia. Até que, enfim, no dia 15 de agosto de 2013, a minha Lara foi para casa.

Hoje, dia 15 de outubro de 2013, ela está com 52 cm e 3,500 kg, uma fofa! Cada dia mais linda. Deixo aqui o meu relato. Sofri muito em ir para casa sem a minha princesa nos braços, mas sempre acreditei que esta história teria um final feliz! Em todo momento, uma pessoa foi mais que especial, o meu marido Humberto, que sempre estava ao meu lado para me dar forças para acreditar na recuperação da Lara. As nossas famílias também tiveram um papel fundamental nesta história, fornecendo apoio e carinho. Agradeço também a equipe do Hospital São Luiz, que cuidaram da minha princesa sempre de forma carinhosa. Deixo aqui a foto da minha princesa para compartilhar com todos a alegria que é ser mãe e acreditar sempre na vida!”

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