17 de Maio de 2024

Meu relato de parto prematuro 29+6

Olá, me chamo Ana Karoline, tenho 24 anos e gostaria de compartilhar com vocês a história do nascimento da Giovanna Vitória, foi a minha segunda gestação. O parto anterior foi natural, minhas expectativas eram grandes de sucesso nessa gestação mas tive infecção urinária repetidamente 2 vezes e não sabiam nem o que me dizer mais. O tratamento era feito até voltar a ter outra vez, depois da segunda infecção com 28 semanas meu corpo nunca mais foi o mesmo, 28/07/2023 fui ao hospital da minha cidade com um sangramento vermelho vivo. O bebê estava mexendo bastante, me examinaram e me transferiram para maternidade em outra cidade, eu e meu esposo entramos na ambulância, no mesmo dia me deram alta e falaram que os batimentos fetais estavam normais e me liberaram com dor e um pedido de ultrassom. Ligamos pra ambulância da nossa cidade que não chegou, então dormimos na recepção, no dia 29/07/2023 fui ao banheiro e quando pisei minha bolsa rompeu!

Fiquei desesperada, meu parto anterior foi um sonho com 39+2 e eu já tinha pesquisado na internet e sabia que minha bebê tinha riscos enormes, meu esposo e DEUS foram o meu alicerce mesmo. Fiquei em observação sentindo dores fortíssimas mas a médica me examinou e só tinha 2 cm de dilatação, um médico mais experiente disse que eu não estava sentindo tanta dor assim porque eu não estava gritando, me internaram e falaram que iam segurar até 34 semanas, uma idade gestacional que se o bebê nascesse seria melhor e provavelmente já iria pro quarto comigo. Mesmo com dor fiquei otimista, eu e meu esposo fomos pra um quarto maravilhoso que nem parecia maternidade pública, a luz, o ambiente, tudo lindo, mas logo viraria um pesadelo. As dores aumentaram, no outro dia me medicaram mas nada passava a minha dor, minha bebê estava atravessada. Toda hora vinha alguém fazer o exame de toque e falava que não estava em trabalho de parto, colocavam a mão na minha barriga e falavam que não era contração.

De repente fizeram o toque e com quase a dilatação total tive que ir pra cesárea de emergência pois a posição da bebê era impossível parto normal e não ouviram o coração dela pelo aparelho, fui para o centro cirúrgico chorando com medo da minha filha nascer morta, meu esposo passou mal antes de entrar com medo do que ia acontecer com nós duas mas foi comigo e foi meu alicerce naquele momento difícil. Na hora da anestesia senti dor, na hora que começou a cirurgia no primeiro corte eu senti sim algo ruim, o pediatra chegou no meu ouvido e falou: "vai dar tudo certo, eu estou aqui" foi como se DEUS estivesse falando naquela hora e senti uma paz.

Dia 30/07/2023 às 16:20 nasceu minha guerreira com 1.950 kg e 40 centímetros, chorando muito, não consegui ver o rostinho dela pois infelizmente tive reação a anestesia e quase morri na cirurgia mas lembro de ouvir todos os profissionais da sala gritar: "nasceu bem!". Depois não lembro de mais nada, tive cefaléia pós raqui, minha bebê foi entubada, teve dreno nos pulmões, cirurgia de coração, enfim, todo sofrimento de um bebê extremamente prematuro. Ficou 31 dias na UTI, depois levei o meu milagre pra casa. Não importa a situação que esteja vivendo, apenas confie em Deus. Tive fé e orei todos os dias e hoje minha pequena está com 10 meses forte e quase andando, só vive o propósito quem suporta o processo.

Responsabilidade do conteúdo por conta do autor, não reflete o posicionamento da ONG. Não nos responsabilizamos pela veracidade dos fatos.

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