13 de Fevereiro de 2024
Meu milagre Antonella e minha anjinha Laura
Casados a 13 anos resolvemos que chegou o momento de tentar engravidar, não tivemos muita dificuldades como muitos. No 3 mês de tentativa veio o positivo que nós estávamos ansiosos para vê, foi uma alegria imensa. E eu sempre falava com minha esposa que eu gostaria que fosse gêmeos e ela falava da dificuldade da gravidez gemelar, olhando friamente qual a chance de engravidar gemelar de forma natural(mínima). Pois bem, fizemos a primeira ultrassom e estava tudo muito bem um bebê e tudo dentro da normalidade. Fizemos uma viagem a Fortaleza para contar pessoalmente aos familiares da minha esposa, a felicidade de todos foi enorme pois já estávamos juntos a 13 anos. Voltando de viagem, tínhamos uma ultrassom agendada, e assim que se iniciou a Dra falou, ué mais são quantos bebês?
A gente espantado falou um Dra já fizemos uma ultrassom e apontou um ela disse não aqui tem dois bebês. A minha alegria foi enorme, estava acontecendo o que eu sempre quis, porém a minha esposa sabendo dos riscos ficou muito preocupada no momento, ainda mais por ser placenta única (elas seriam idênticas) risco maior devido as duas estarem na mesma placenta. Passando aquele momento vieram os sonhos das duas meninas juntas brincando de gente pensando como seria a casa. Até que com 25 semanas minha esposa estava sentindo a barriga dela muito grande e eu falei, você está com 2 menininhas na barriguinha ela não convincente disse vamos ao médico.
Fomos e para nossa surpresa tinha um problemão, estávamos quase perdendo nossas duas meninas. Precisamos fazer o parto de emergência depois de uma semana, antes de fazermos uma cirurgia com elas na barriga para ver se conseguia resolver o problema, mas não saiu como esperávamos. Horas antes do parto perdemos nossa Laurinha, o batimento dela parou, nossa menina Antonella estava bem mais muito prematura, estávamos com 25 semanas.
Nasceu com 30.5 cm e 570 gramas, uma batalha estava por vir. Passando uns dias, na incubadora pegou uma infecção que ficou prolongada não ia embora graças a Deus foi embora. Aí veio cisto na cabecinha que também foi embora sozinho. Chegamos à primeira tentativa de extubar, sem sucesso. Passados alguns dias veio a segunda tentativa e deu certo ela se livrou do tubo e estava no CPAP depois veio o baque ela estava com retinopatia da prematuridade grau 2 zona 2 (risco de ficar cega) acompanhamento de 4 em 4 dias que foi prolongado de 7 em 7 depois de 15 em 15 e hoje está 1 vez ao mês, continua estável com pequena melhora.
Passando por esse medo vem a saga do peso, ganha 15 gramas e perde 20 uma coisa de louco. E você vai ficando no ambiente hospitalar e vai vendo tudo o que acontece, chega uma hora você pensa que não tem como sairmos dessa situação. Os dias passavam e as graminhas iam se acumulando e a gente se animando mais. Até que um dia outra notícia o teste da orelhinha dela falhou (risco de surdez) tudo isso vem como avalanche. Enfim, se livramos do oxigênio e estava bem, pronta para vir para casa sem o famoso oxigênio. Tudo isso que estou contando e faltando muitos detalhes mas Graças a Deus ela saiu de lá bem e sempre esteve muito estável creio que nós 4 meses e 22 dias que estávamos indo diariamente na UTI não achamos que iríamos perder nossa menina.
Nós tínhamos muita angústia de como seria o dia seguinte. Chegamos em casa e ela está bem, estamos muito felizes com nossa guerreira e vamos honrar muito a batalha dela.
Obs: fizemos um novo teste da orelhinha e deu certo ela ouve, só precisamos fazer mais um exame para ver se ela ouve bem em baixas frequências. Estou aqui contando a nossa história como um agradecimento ao site prematuridade. Ele me ajudou demais, eu ficava no hospital vendo as histórias, eu chorava com as histórias e pensava cara é possível. E aos pais, sejam fortes a batalha é grande só quem passou sabe o que é mais mantenham fé que dá certo. Um abraço a todos!