05 de Fevereiro de 2013
Maria Suzanny, a realização de um sonho
Um beijo grande na Gerciane e na pequena Maria Suzanny e obrigada pela história!
"Oi! Sou Gerciane, tenho 17 anos e sempre pensei em ser mãe.
Fui morar com o meu namorado no dia 24 de janeiro de 2011, aos 15 anos. No dia 21/04, fiz 16 anos, e sempre tentando engravidar. Sempre que minha menstruação atrasava, eu e ele comemorávamos pensando que eu estava grávida. E nada.
Resolvi fazer uma ultrassonografia e descobri que estava com ovário policístico. Se eu quisesse engravidar, teria de fazer tratamento. Muitas pessoas falavam que eu nunca poderia ter filhos. Tomei remédios e pensei: quando Deus quiser me dar um filho, Ele me dará.
O tempo passou e em 2012 eu comecei a engordar e passar mal. Minha menstruação continuava a vir, porém mais desregulada. Então resolvi fazer uma ultrassonografia no dia 18/05/12 e descobri que estava grávida de 11 semanas. Comecei a rir sem parar. Eu não acreditava no que estava acontecendo comigo, já que falaram que eu não poderia engravidar. Esse foi o dia mais feliz de toda a minha vida.
Saí contando pra tudo mundo da minha gravidez. Eu e meu marido não acreditávamos que finalmente estávamos perto de ver nosso sonho realizar-se. Desde o primeiro momento, senti que seria uma menininha linda. Com 28 semanas, no dia 14/09/12, fiz uma ultrassonografia e descobri que, de fato, era uma menina. Iria chamar-se Maria Suzanny.
No dia 28/09/12, fui para o hospital com muita dor. Quando cheguei, já estava com dilatação. Voltei para casa no dia 29/09/12. Fui de novo ao hospital e fiquei internada, tomando vários remédios para o pulmão de minha filha amadurecer. Permaneci até o dia 01/10/12, e fui para casa. No dia 3/11/12 voltei novamente ao hospital com dor, perdendo o muco. O médico me acalmou e disse que entre uma a duas semanas eu entraria em trabalho de parto.
Com 32 semanas, no dia 17/10/12, às 23 horas e 30 minutos, comecei a passar mal. Sentia muita dor. Quando cheguei ao hospital, fiz exame de toque e estava com quatro dedos de dilatação. O médico falou que minha filha seria prematura.
No dia 18/10/12 ela nasceu de parto normal, às 9 horas e 30 minutos, com 2,450Kg e 47 centímetros. Depois chegou apesar 1,820Kg. Ela nasceu roxa, toda sufocada com a água do parto que engoliu, e teve hemorragia craniana. Não respirada. Eu deitada na cama, me desesperei. Fiquei imaginando que minha filha havia morrido. Não a vi. Quando nasceu levaram-na depressa para UTI neonatal.
Só consegui vê-la 3 horas depois do parto. Ela estava tomando muito antibiótico. Fiquei desesperada quando a vi na incubadora. Fiquei sem reação. Nunca tinha imaginado que teria uma filha prematura, não sabia o que fazer. Fiquei pensando como eu, com apenas 17 anos, iria conseguir cuidar de um bebê tão pequeno.
Não tive reação quando entrei na UTI neonatal e a vi, tão pequena na incubadora, com uma sonda e com CPAP. Mesmo assim, nunca abandonei a minha filha. Eu sabia o quanto ela estava lutando para viver.
Depois de 3 dias, recebi alta, mas não fui embora. Implorei para os médicos me deixarem ficar com minha vidinha que estava intubada. Passados 2 dias, os médicos suspenderam o oxigênio, tiraram o CPAP e ela ficou na fototerapia por 5 dias. Eu fiquei 7 dias na UTI NEO e 4 dias no canguru.
Os médicos dizem que não sabem como ela se recuperou tão rápido. Fiquei 11 dias com ela no hospital. Eu não saía de perto nenhum momento. Mal dormia para poder ficar bastante tempo com ela.
E tudo isso valeu a pena. Hoje ela está com dois meses e 28 dias, pesa 4,500Kg e é muito linda.
Obrigado Senhor por minha filha linda, Maria Suzanny, minha pequena flor, minha luz divina, te amo."
Gerciane, mãe da Maria suzanny.