14 de Janeiro de 2014
Laura e seu sorriso encantador
“No começo, tinha tudo para ser uma gravidez saúdavel, mas, com o tempo, fui inchando demais, e a pressão dentro do meu útero era grande demais. Quando completei 35 semanas, fui em uma consulta de pré-natal e o meu médico decidiu me internar, pois a minha pressão estava alta. Dois dia depois, a Laura nasceu, pequenina, com 44 cm e 2 kg. Nem me deixaram vê-la direito. Nesse momento, o meu coração bateu mais forte, pois, assim que a tiraram de mim, já a levaram para os procedimentos.
Demorei 4 horas para me recuperar da anestesia. Quando fui para o quarto, estava toda ansiosa em ver a minha bebê, de abraçá-la, sentir o seu cheiro... Aí veio a notícia de que ela precisava ir para a UTI. Só pude vê-la no dia seguinte, no horário de visitas da UTI com o meu esposo. Ela estava lá na incubadora, tão pequena, tão frágil, com uma sondinha na boca. Vê-la naquela situação me cortou o coração. A minha vontade era de tirá-la de lá e levá-la embora, mas isso não era possível.
A Laura ficou mais 2 dias na UTI. Foi quando eu tive alta, e, para a minha alegria, ela também teve alta para ir para o quarto. Foi uma mistura de alegria e medo. Ela, devido a sonda, não sabia mamar, não conseguiu pegar o meu peito, e, quando pegava, cansava muito e perdia peso. Quando ela conseguiu pegar o bico da chuquinha, foi uma festa. Cada ml mamado era uma vitória. Ela demorava 1 hora para mamar 10 ml, mas estávamos ali batalhando com ela.
4 dias depois, ela recebeu alta para ir para casa. A batalha continuou para ela ganhar peso, com muitos exames. Mas, hoje, a Laura completou 1 aninho, e é muito saúdavel, espoleta, não apresenta mais sinais de prematuridade. Foram dias difíceis, mas passou. Foi duro, mas a recompensa de vê-la sorrindo não tem preço.”
Natália, mãe da Laura
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