16 de Abril de 2012

Histórias Reais | Pedro Henrique: meu pequeno milagre de 24 semanas


     Bom dia!
     Começando bem a semana com a história dessa fofura chamada Pedro Henrique. A Daniela, mãe do Pedro, nos escreveu contando essa história de luta e superação que continua sendo vencida a cada dia que passa. Esses dois são uns guerreiros e vocês vão se emocionar com essa história! Daniela, OBRIGADA mais uma vez por esse lindo relato.
     Um abraço e boa semana!

      "Sempre tive muita vontade de ter um filho, era meu maior sonho ser mãe. 
     Porém tive um tumor no ovário, que não me permitia engravidar. Sempre orei para que Deus me abençoasse com essa graça... um filho.


     Fui para cirurgia no dia 17 de novembro de 2010 e graças a Deus foi um sucesso.
     Logo depois da cirurgia comecei a sentir fortes enjôos, até que meu marido me pediu para que fizesse um teste. Foi o dia mais feliz da minha vida quando apareceram duas faixas naquele teste.. meu filho estava a caminho!!!
     Corri para começar meu pré natal...
     5 dias depois da cirurgia fiz meu primeiro ultra-som. Eu estava de 6 semanas de gestação. Foi tão lindo ouvir o coração do meu filho!!!
     Meu pré natal estava tudo bem, tudo conforme os médicos esperam.
     Quando completei 23 semanas, comecei a sentir muita dor, no pé da barriga, não sabia o que era... corri para a maternidade. Chegando lá... tudo o que eu não queria ouvir: eu estava em trabalho de parto!!!
     Imediatamente os médicos começaram a me medicar, e me deram duas injeções de corticóides, caso meu filho nascesse, era pra ajudar.
     Fiquei internada por uma semana, chegando a 24 semanas de gestação, não tinha mais dores, nem sangramento.
     Decidiram então me dar alta. Porém quando me levantei para me sentar na cadeira de rodas, tudo voltou, aí não tinham mais o que fazer... fui direto para sala de parto.
     Fiquei das 12h10min às 2h15min da manhã com fortes contrações, mas os médicos não queriam estourar minha bolsa, para garantir que ele estaria por mais tempo na barriga.
     Mas o coração dele acelerou muito então eles estouraram a bolsa.

     Nasceu... nasceu meu amado filho com 800g, e 31cm, no dia 09/04, às 02:15 da manhã. Chorou, mas eu não pude vê-lo, pois ele necessitava de muito cuidados urgentemente.
     No dia seguinte, assim que me deixaram levantar, fui correndo para UTI Neonatal vê-lo...
 Apesar de tão pequenino, e tão indefeso... era a coisa mais linda que eu já tinha visto!!!!
     Os médicos diziam que estavam animados com ele, pois nasceu forte.
     Os primeiros dias foram tranquilos, nada de preocupante. Mas na sua segunda semana de vida vieram as complicações: várias quedas de saturação, extubações, e o pior.... um canal arterial que estava aberto em seu coraçãozinho estava mandando muito sangue para o seu pulmão. Mas ainda não queriam fazer uma cirurgia pois os riscos eram muitos!!!

     Eu via a cada dia o quadro do meu filho se agravar. Foi então que decidiram transferi-lo para que pudesse fazer a tal cirurgia para correção. Não dava mais para esperar.
     Ele foi transferido no dia 12/05, chegou bem ao outro hospital, foram feitos vários exames, e realmente ele teria que operar, porém o risco era muito grande, por ele ter apenas 1.100g.

     No dia 14/05, horas antes da cirurgia, os médicos decidiram refazer o exame, para saber como estava e estudar a melhor forma de operá-lo. Veio então uma surpresa: ele não precisava mais. Glória a Deus, tinha sido fechado, sozinho. Os médicos não acreditavam, diziam que era um milagre, pois não teria como fechar sozinho (eu sei que meu Deus fez isso).
     Decidi então pedir a transferência de hospital do meu filho, pois não gostei de onde ele estava. Quando ele chegou ao outro hospital, estava em estado crítico.
     Os dois pulmõezinhos colabados, atelectasias nos dois pulmões, com uma septcemia gravíssi
ma.... m
eu filho: eu o estava perdendo!!!



     Ficou 15 dias extremamente sedado, com vários antibióticos fortíssimos e no gás, no óxido nitrico (N.O.). Ele foi forte valente, foi se curando, ficando novamente forte. Mas sempre que tentavam tirar o óxido dele ele piorava muito.
     O tempo foi passando, e mais duas infecções graves, e ele resistiu, meu Deus deu forças. Quando ele estava com 4 meses e em um estado clínico bom, decidiram extubar ele. Ele ficou bem por 1 semana até que fez uma parada cardio-respiratória. Voltou a ser entubado.

     No mesmo dia, ele se extubou e os médicos deciram dar mais uma chance. E  novamente: parada. Então deciram fazer uma traqueostomia para a própria segurança dele. E eu aceitei.
     Ele fez a traqueo no dia 18/08/2011. Ficou 1 semana no respirador e foi para a nebulização.
     E depois de 20 dias de ter feito a traqueo ele teve alta. Enfim, meu filho em casa!!!
     E desde sua alta nunca mais voltou a ser internado.
     Eu tenho muito orgulho do meu filho... e o amo demais. Ainda está com a traqueo, mas sem oxigênio. E já está em programação para retirar.



     Uma criança saudável e linda. Hoje, com 11 meses, tem 7 dentinhos, engatinha, come de tudo, e vive muito feliz... Ele é meu orgulho, minha felicidade, tudo na minha vida!!!

     Beijos e até!
     Daniela, mãe do Pedro Henrique.
       
     
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