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30 de Agosto de 2012
Histórias Reais | Izabela e a batalha para ficar pertinho da irmã gêmea, Yasmin
Duas irmãs. Duas barrigas. Quatro meninas. Todas prematuras.
Segurem a emoção, pois a história narrada pela Raquel, mãe da Júlia e da Beatriz, e tia da Izabela e da Yasmin, é simplesmente única. E o vídeo que tá lá embaixo é uma das coisas mais fofas que já vi na vida! Obrigada mais uma vez, Raquel e Layla, por nos presentarem com suas histórias. Um beijo bem especial em vocês e nas 4 lindas princesas.
"Oi novamente! Sou a Raquel, mãe das gêmeas Júlia e Beatriz. Há algumas semanas contei a história das minhas princesas. Hoje quero compartilhar a história da minha sobrinha Izabela, que é gêmea da Yasmim, filhas de minha irmã, Layla.
Poucas semanas à frente, ela descobriu que seriam dois bebês. Que susto, nossa! Ficamos radiantes com a ideia de termos gêmeos na família. Seriam os primeiros. Naqueles dias eu fiquei com uma pontinha de revolta. Eu ficava pensando que ela teria 2 e eu acabara de perder meu único filho. Mesmo com meu coração doendo, eu acompanhava ela em todas as consultas e curtia com ela.
As manas Raquel e Layla, grávidas de gêmeas |
Minha irmã, assim como eu, teve uma gravidez muito difícil. Ela emagreceu muito por conta de enjoos e ficava muito nervosa. Tinha crises de nervo. Foi afastada do trabalho, nossa, foi uma fase difícil. Logo ela descobriu que seriam duas meninas: Yasmim e Izabela.
Com 32 semanas ela entrou em trabalho de parto novamente. Foi transferida pra Goiânia, já que moramos em Senador Canedo e aqui nao tem UTI Neonatal. No hospital que ela foi, conseguiram inibir o parto mas ela não poderia nem mesmo levantar da cama. Ela estava com uma barriga enooooorme. Estava muito inchada e com a pressão um pouco alta. O marido dela não tem carro e por isso eu e meu marido é que levávamos ela em todo lugar. Todos os dias levávamos ela pra medir a pressão e ver os batimentos das bebês.
Passaram algumas horas e eu cheguei na maternidade pra ver minha irmã; foi uma emoção ver ela com a Yasmim. Quando eu fui ver a Izabela, o pediatra disse que ela tinha melhorado e mandou que ela fosse levada pro quarto pra ficar com a mamãe dela. Me lembro quão mágico foi aquele momento. A enfermeira deixou que eu a levasse e entregasse à minha irmã. Choramos de emoção. Eu passei a tarde toda com elas no hospital. Lembrando que eu estava com um barrigão de 28 semanas. Curti muito minhas duas sobrinhas. Elas passaram a sexta-feira muito bem.
Yasmin e Izabela, respectivamente, momentos antes de Iza passar mal |
Quando foi na noite da sexta-feira, minha mãe começou a achar a Izabela muito amarelinha e muito molinha. Então ela avisou ao pediatra, pois pensou que era icterícia; mas não era. Izabela tinha ficado todo aquele tempo em sofrimento. O pulmão dela estava com secreção e ela estava com uma enorme dificuldade em respirar. Até hoje fico revoltada em lembrar de tudo isso. Se minha mãe nao avisasse, ela teria morrido. O pulmãozinho dela não estava pronto ainda e ela precisou ser entubada. A causa: prematuridade.
Logo Izabela foi levada às pressas pra uma UTI Neonatal em outra cidade. Acho que nunca vou me esquecer do choro da minha irmã vendo a bebezinha dela tão cheia de tubos e acessos sendo levada sozinha em uma ambulância tão grande. Aquilo era novo pra nós. Nunca passamos por nada parecido. Neste mesmo dia tivemos que encarar a internação da Izabela e um ataque de pré-eclâmpsia pós-parto que minha irmã teve: a pressão dela chegou a 20. Ela quase morreu. Ela teria alta no dia seguinte e pelo ocorrido adiaram a alta.
A pequena, horas antes de ser levada para a UTI Neo |
A partir dai minha irmã começou a melhorar. A pressão foi estabilizando e a anemia e infecção que ela estava foram passando. A gente costuma dizer que a Izabela foi o remedio dela. No fim, após 12 dias, ela finalmente teve alta e veio pra casa juntamente com as bebês. Que alegria!
O quarteto-mais-do-fantástico de Raquel e Layla! |