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06 de Outubro de 2013
Gustavo: um ano de muitas vitórias
“Olá, meu nome é Stéphany Reis e eu vim contar um pouco sobre a luta do meu pequeno príncipe Gustavo. Em junho de 2012 eu tive a notícia inesperada de que estava grávida, já estava de quase 3 meses de gestação. Desde então, comecei a fazer o meu pré-natal, um pré-natal bem tranqüilo por sinal, nunca tive nenhum problema. Para evitá-los, eu sempre me cuidei com alimentação e vitaminas, mas nunca mudei a minha rotina agitada.
Quando eu estava entrando na 26a semana, no dia 6 de outubro, tive um susto ao ir ao banheiro. Percebi uma coisa estranha, como se fosse um catarro com sangue e logo me desesperei, pois sempre tive muito medo de que acontecesse algo com meu bebê. Imediatamente, fui ao hospital e já cheguei lá sem sintoma algum, além do meu susto. Porém, no exame de toque a médica disse que eu já estava com 5 centímetros de dilatação. A minha bolsa estava descolada e que, a partir daquele momento, eu não poderia mais me levantar de forma alguma, para evitarmos o parto por o máximo de tempo que conseguisse. Dali em diante começou a luta, eu não podia nem me sentar, tudo era deitada, até para comer e fazer minhas necessidades.
No dia 11/10, mais ou menos umas 13h, comecei a sentir uma dorzinha bem mínima, mas que me incomodava, e ela vinha de uma em uma hora mais ou menos. Então, pedi para chamar a médica para ver o que estava acontecendo. Recebi a visita de duas médicas, que me examinaram e disseram que eu já estava com 7 centímetros de dilatação, e que meu filho poderia nascer naquele mesmo dia. Ressaltaram que ele poderia não sobreviver, pois era muito pequeno, ou poderia nascer com problemas, mas que tentariam segurar mais me dando remédios.
Assim que as enfermeiras posicionaram o acesso na minha veia, as contrações começaram com força total, daí já estava completamente dilatada e não deu mais para segurar. O Gustavo nasceu no dia 12 de outubro às 2h32min, pesando 1,140kg e com 38cm, de parto normal. Ele nasceu perfeito e até grande para a minha idade gestacional. No momento em que a médica mostrou o meu filho, eu fiquei em choque, não conseguia nem respirar, pois eu nunca tinha visto nada parecido. Era pequeno, magro e vermelho, eu nunca tinha visto um prematuro. No dia seguinte, eu perguntei se eu poderia ver o meu filho e então fui à UTI Neo.
Não tive nem coragem de pôr a mão nele, porque tinha medo de machucar. Mas ele estava "bem", não estava entubado, apenas no banho de luz. Então chegou o dia da minha alta, foi horrível, só quem passa pode saber o sofrimento que é ir embora e deixar o seu coração dentro do hospital. Eu nunca imaginei sofrer tanto assim.
Quando Gustavo completou uma semana, ele passou a pesar 900g e precisou ficar entubado, pois estava muito cansado. Cada dia era uma surpresa diferente, às vezes boas e muitas vezes ruins, mas Deus me dava forças a cada segundo, em cada passo que eu dava, para eu nunca fraquejar. Com 1 mês e meio, meu filho foi para a semi-intensiva que, para mim, já era uma vitória. Um mês depois, ele teve alta, com 2,350kg, no dia 29 de dezembro.
No dia 1o de janeiro de 2013, ele acordou estranho, meio molinho e começou a ter pausas na respiração. Saímos correndo e paramos no hospital mais próximo possível. Quando chegamos lá, ele já estava roxo, foi diagnosticado com displasia broncopulmonar. Então voltou para o cateter e ficou internado novamente, que foi a segunda pior notícia da minha vida. Voltou a precisar de sonda para alimentação, recusando o peito.
30 dias depois, ele recebeu alta, com 4,150kg. Mamando apenas mamadeira, nós fomos para casa. Hoje, o Gustavo vai fazer um ano, super esperto e grande! Eu só tenho a agradecer a minha família e amigos que me apoiaram e ao prematuridade.com que me motivou bastante com suas histórias!”
Stéphany, mãe do Gustavo
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